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Em meio ao crescimento da venda de eletrônicos, descarte do e-lixo é um grave problema, mas sua gestão pode virar um bom negócio

14 out 2016 - 10h39
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O lixo eletrônico contém alta concentração de metais pesados. Estes materiais, quando jogados em aterros não controlados e lixões, podem contaminar o solo e atingir o lençol freático, interferindo na qualidade dos mananciais. Caso a água venha a ser utilizada na irrigação, criação de gado ou mesmo no abastecimento público, pode causar diversos problemas de saúde no ser humano.

Foto: DINO

Pelos últimos levantamentos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, só 724 das mais de 5.500 cidades brasileiras têm algum tipo de coleta de lixo eletrônico, mas que são ineficientes.

Somando a falta de informação da população com raros lugares para se descartar esses materiais, o lixo eletrônico nem sempre consegue chegar ao seu destino correto. Entre 60 e 90% são comercializados ilegalmente ou descartados no lixo comum, no valor de quase US$ 19 bilhões, de acordo com o último relatório divulgado no ano passado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP).

O que pouca gente sabe é que as mesmas mãos que produzem e consomem uma maravilha tecnológica podem reciclá-las e, melhor, sem agredir o meio ambiente. Para garantir a destinação cem por cento correta, a Cimelia Reciclagem, com sede em Campinas, interior de São Paulo, recolhe e separa mensalmente cerca de 200 toneladas de resíduos eletrônicos conhecidos também como e-lixo.

A empresa envia o material em containers para sua usina localizada em Cingapura, onde o e-lixo passa por um processo de refinagem de 17 metais diferentes: ferrosos, não ferrosos, preciosos e raros extraídos dos resíduos, entre eles platina, prata, cobre e ouro.

Segundo Ana Cláudia Drugovich, diretora executiva da empresa no Brasil, por meio de tecnologias de poluição livre, a empresa colabora com a preservação do meio ambiente, conservando os recursos naturais.

"A Cimelia é inovadora na busca constante de novas formas de gerir lixo eletrônico. Esse tipo de reciclagem normalmente é especializado no processamento de frações de materiais, que possuem maior valor agregado. Contudo, o processo ainda está muito concentrado em algumas poucas empresas e regiões para representar uma atividade sustentável. Mas apostamos neste processo", assegura a diretora executiva.

De acordo com a Ana Cláudia, a Cimelia Reciclagem alimenta uma ampla rede comercial e possibilita rentabilidade a muitas pessoas.

"Estamos falando da verdadeira reciclagem e não de reuso que pode manter um mercado negro, amplamente ilegal e que incentiva trabalho escravo e a contravenção. O impacto do tipo reciclagem que fazemos não é apenas ambiental, mas também econômico, pois poupa energia elétrica e recursos naturais", explica.

Como funciona?

Em Campinas, acontece o primeiro passo do processo de reciclagem que começa com serviços de separação, prévia descaracterização dos equipamentos, laudos de destruição e garantia de que os equipamentos não serão reutilizados, aterrados ou incinerados de maneira inadequada e, principalmente, não haverá a reutilização de partes e componentes no mercado paralelo.

O processo completo de reciclagem acontece na matriz Cimelia Resource Recovery PTE LTD, a maior usina de reciclagem de alta complexidade do mundo, em Cingapura. É na usina que o material passa por uma desintoxicação (processo de elevação de temperatura em câmara selada a 1.200°C e resfriamento em quatro segundos para 700°C), filtragem de dioxinas, liquidificação, separação por densidade, separação por eletrólise, decantação e, por fim, a refinagem e solidificação em barras de metal nobre para comercialização no mercado aberto.

A matriz recebe o e-lixo - a maioria de informática e de telecomunicações - de seus pontos de coletas espalhados por países da Ásia, da Oceania, da Europa e da América, incluindo o Brasil, na sede de Campinas. Embora grande parte das parcerias da Cimelia seja com grandes empresas multinacionais, a recicladora tem foco no mercado corporativo como um todo para que haja o descarte correto do e-lixo e qualquer empresa - de qualquer segmento de mercado - que queira encaminhar os materiais para a sede da Cimelia, pode entrar em contato.

"Isto faz parte da estratégia global de sustentabilidade e de combate ao reuso inadequado dos componentes eletrônicos", aponta Ana Cláudia. A Cimelia está presente no Brasil há 16 anos. A empresa, que é integrante do grupo Enviro-Hub, possui as certificações de Gestão de Qualidade ISO 9001, de Gestão Ambiental ISO 14001 e a OHSAS 18001.

Lixo eletrônico em números

Segundo os últimos dados divulgados pela Organização das Nações Unidas, a cada ano, a indústria eletrônica - uma das maiores do mundo e de mais rápido crescimento - gera até 41 milhões de toneladas de lixo eletrônico de bens como computadores e telefones inteligentes. Previsões dizem que o número pode chegar a 50 milhões de toneladas já em 2017.

O Brasil já está entre os maiores produtores de e-lixo no mundo, totalizando 1,4 milhão de tonelada por ano, ou aproximadamente 7 kg por habitante.

Serviço

Cimelia Reciclagem 

Rua Rui Ildefonso Martins Lisboa, 292 - Campo dos Amarais, Campinas-SP.

Tel.: (19) 3246-2614

www.cimelia.com.br

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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