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Doenças da vida adulta podem ser prevenidas ainda na infância

Diagnóstico precoce detecta patologias logo nos primeiros dias de vida

24 out 2016 - 12h17
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Além de mostrar o quanto é bom ser criança e curtir os primeiros anos repletos de brincadeiras, o mês de outubro, em que é comemorado o Dia das Crianças, também relembra que cuidar da saúde dos pequenos deve ser uma prioridade em sua rotina. As primeiras medidas de prevenção contra diversas doenças devem começar o mais cedo possível, sendo a gestação o momento ideal. A futura mãe deve permanecer em ambiente bem saudável, considerando a teoria dos mil dias. Segundo essa teoria, os nove meses (270 dias) passados dentro da barriga, mais os dois primeiros anos (730 dias) de vida da criança são cruciais e determinantes para seu crescimento e desenvolvimento saudável.

Para isso, a mãe deve se alimentar adequadamente; estar com peso equilibrado; fazer as consultas e os exames de pré-natal regularmente; manter hábitos de vida saudáveis; não fumar e não fazer uso de bebida alcoólica durante a gestação. Após o nascimento, os cuidados se intensificam: quanto à alimentação do bebê, apenas o leite materno deve ser oferecido até o sexto mês de vida e, depois disso, a introdução lenta e gradual dos alimentos complementares, assim como a suplementação de ferro e vitaminas A e D, é recomendada. A carteira de vacina deve estar sempre em dia, bem como a realização dos exames laboratoriais, entre eles o teste do pezinho, realizado nos primeiros dias de vida. Segundo a dra. Natasha Slhessarenko, pediatra e integrante do corpo clínico do Bronstein Medicina Diagnóstica, ele detecta inúmeras doenças graves que podem afetar permanentemente o desenvolvimento dos pequenos, como a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito, mas também pode identificar outras doenças, como a hiperplasia adrenal congênita e a fibrose cística, cujo diagnóstico precoce torna a vida da criança e da família muito melhor.

Entre os exames iniciais, também entram o teste do olhinho, realizado ainda na maternidade, que serve para evidenciar a presença de opacificação das câmaras oculares, que pode ser causada por tumores ou catarata congênita, e o teste da orelhinha, que identifica problemas relacionados com a audição. O teste do coraçãozinho e o teste da linguinha também podem ser feitos. Ao retornar para casa, outro hábito que deve entrar na rotina da família são as visitas regulares ao pediatra, e não levar apenas quando a criança estiver doente. A sugestão é que essas visitas ocorram uma vez ao mês nos primeiros seis meses de vida; que sejam bimestrais entre os 6 e 12 meses; trimestrais ao longo do segundo ano; semestrais até os 5 anos e, a partir de então, que sejam uma vez ao ano.

Segundo a dra. Natasha, são nesses encontros que o pediatra avaliará a saúde de seu pequeno paciente de forma mais ampla e detalhada, além de ser um momento rico para orientar os pais a respeito de hábitos saudáveis de vida e prevenção de acidentes, bem como a necessidade de realização de exames laboratoriais.

O momento de pedir exames de laboratório depende muito da evolução da criança ao longo dos primeiros anos de vida. Em geral, quando a ela tem febre e não se localiza o foco, recorre-se aos exames. O mesmo acontece quando deixa de crescer e se desenvolver, que pode ser o momento de investigar se não há anemia, parasitose intestinal ou infecção urinária atrapalhando seu bom crescimento. Em crianças que se apresentam acima do peso, além de medir a pressão arterial, que deve ser sempre aferida em todas as consultas, deve-se coletar exames para avaliar os níveis de glicose no sangue, bem como o nível das gorduras, destacando-se o colesterol total, o colesterol bom (HDL-colesterol) e os triglicérides. A avaliação lipídica também está indicada para crianças nas seguintes situações: com avós, pais, irmãos e primos de primeiro grau com dislipidemia, principalmente grave, ou manifestação de aterosclerose prematura; na presença de manifestações clínicas de dislipidemia; crianças que tenham outros fatores de risco ou quando houver acometimento por outras doenças, como hipotireoidismo, síndrome nefrótica e imunodeficiência.

"A recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia Pediátrica é que toda criança acima dos 10 anos, caso não tenha nenhuma das indicações anteriores, deve ser submetida à análise do perfil lipídico nessa idade", explica a médica.

Além dos exames e de todos os cuidados médicos, manter uma alimentação balanceada, rica em verduras, frutas e legumes, e uma rotina de atividades físicas é muito importante para que a saúde da criança esteja sempre em ordem. Escolher uma atividade física que a divirta e, ao mesmo tempo, estimule seu desenvolvimento ponderoestatural e neuropsicomotor, como natação, futebol e outros esportes, é uma boa pedida para os que têm energia de sobra.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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