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Crise econômica faz aumentar pirataria e ilegalidade no comércio de óculos

Setor que emprega 150 mil profissionais sofre com 50% de perda de faturamento pelo comércio ilegal de óculos

29 jul 2016 - 13h18
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A crise econômica no País causou um aumento de 11% no comércio de produtos ópticos ilegais ou piratas nos últimos dois anos. O setor óptico brasileiro, que já convivia com 45% de ilegalidade em 2014 saltou agora para impressionantes 50%. No ano passado, o setor registrou faturamento na casa dos R$ 20 bilhões de reais.

Foto: DINO

"É natural que em momentos de crise o consumidor busque produtos com preços mais acessíveis. No entanto, por se tratar de um produto voltado à saúde, esse fenômeno é muito mais grave quando atinge um setor como o de óculos e seus componentes", afirma Bento Alcoforado, presidente da Associação Brasileira da Indústria Óptica.

Além da questão financeira em si, outro fator que tem ajudado o aumento do contrabando no setor é a inoperância de alguns órgãos de inteligência e repressão do governo, especialmente em função da indefinição política do país no mesmo período. "Passamos por momentos em que sequer é possível uma audiência com Ministros e demais autoridades, tamanha a indefinição que tomou conta especialmente do Governo Federal. Agora é que estamos conseguindo voltar a um ritmo razoável de trabalho", ressalta Alcoforado.

Números

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 50% da população no mundo sofre com algum tipo e deficiência visual, das mais simples às mais graves, como a cegueira. Já no Brasil, segundo o último Censo do IBGE, realizado em 2010, apenas 36 milhões de brasileiros afirmaram fazer uso de algum tipo de correção visual. "Podemos estimar que haja algo em torno de 60 milhões de pessoas no País que não usam e que, pior, talvez nem saibam que precisem de óculos, pela simples falta de acesso a exames e a receitas médicas.

Óculos com Certificação

Uma das principais ações em andamento, além de políticas de inteligência, apreensão e destruição de óculos ilegais é o início de um programa de certificação de produtos ópticos que está sendo lançado oficialmente pela Abióptica.

Pela iniciativa - à qual as empresas do setor estão aderindo voluntariamente -, os consumidores brasileiros poderão exigir em suas óticas de preferência produtos certificados, com origem, procedência e qualidade garantidos na hora da compra. "Embora essa não seja a razão direta do programa de certificação, certamente um dos resultados será uma compra cada vez mais consciente de produtos formais, o que ajuda muito na inversão desse quadro atual de crescimento da pirataria e da ilegalidade", finaliza Bento Alcoforado.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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