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Cooperativismo e sindicalismo avançam de mãos dadas

17 mar 2017 - 16h31
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O sindicalismo surgiu como ferramenta de apoio e, principalmente, de luta por melhores condições de trabalho para os empregados. Quando as primeiras entidades sindicais surgiram, trabalhadores tinham, por exemplo, jornadas de trabalho de 12 horas diárias. É com esse objetivo que hoje os sindicatos trabalham e pensam no melhor para o trabalhador. Mas, onde o cooperativismo entra nesse contexto? Se os sindicatos surgiram no século 18, foi no século 19 que eles começaram a ser reconhecidos por meio de leis. E é no século 19 que surge o cooperativismo. Esse momento da história criou semelhanças nos princípios das duas entidades.

O sindicato e uma cooperativa buscam oferecer melhores condições aos seus respectivos trabalhadores, com a ajuda mútua entre suas organizações. Pode, então, o cooperativismo ter sindicatos específicos? Isso é respondido na última edição da revista EasyCoop, no artigo intitulado "A importância do sindicato especifico", do advogado especialista em Direito Sindical e do Trabalho, Cláudio Alves de Araújo, que afirma: "Podemos destacar que um sindicato específico nada mais é do que a associação de pessoas com os mesmos interesses, a fim de obter vantagens comuns em suas atividades, buscando o progresso social por meio do auxílio mútuo, unificando as forças para a negociação e conseguindo benefícios para toda a categoria."

Araújo continua: "Realmente, o cooperativismo e o sindicato são irmãos. Nada mais justo a categoria de trabalhadores em cooperativa ter, sim, o seu sindicato representativo específico, que entenda suas necessidades e lute pelas suas conquistas de forma unificada e coerente, que conheça a sua realidade de maneira prática e não por ouvir dizer."

O artigo 511 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) permite a criação de sindicatos específicos e a Constituição Federal também protege a associação sindical. Os trabalhadores em cooperativas e as cooperativas "têm a convicção de que apenas com um sindicato específico, que represente somente os interesses desta classe única, é que as suas reais necessidades são plenamente e perfeitamente atendidas".

Sindicatos no Brasil

Conhecendo essa sinergia entre sindicalismo e cooperativismo, o que fazer então para que essas pessoas (cooperadas) ou empresas (cooperativas) tenham seus direitos garantidos e sejam respeitadas? É aí que entra a criação de sindicatos específicos no âmbito cooperativista.

Entidades sindicais foram criadas com o intuito de defender o cooperativismo e cooperados. Assim, sindicatos como o Sindicato das Cooperativas de Trabalho no Estado de São Paulo (SINCOTRASP), Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas do Estado de São Paulo (SINTRECESP), Sindicato dos Trabalhadores Cooperados no Estado de São Paulo (SINTRACESP) e federações como a Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados (FETRABRAS) e a Federação Paulista dos Sindicatos de Cooperativas (FEPACOOP), entre outras entidades.

O presidente do SINCOTRASP, Daniel Wendell, destaca o porquê de se criar um sindicato dentro do cooperativismo: "Nós criamos o sindicato, pois é necessário que as cooperativas de trabalho tenham uma entidade que possa trabalhar por seus interesses e que, consequentemente, ajudará no desenvolvimento de todo o cooperativismo". Nesse mesmo caminho, segue a presidente do SINTRECESP, Sandra Campos: "Ter um sindicato significa que aquele trabalhador terá seus interesses defendidos e criará as melhores condições de trabalho para ele."

O cooperativismo pode sim ter sindicatos, pois é uma categoria econômica como qualquer outra que também tenha seu sindicato.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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