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Brasil avança na obesidade e preocupa especialistas

Congresso de saúde organizado pela ABESO será com tema interessante em 2017. O Brasil Avança na Obesidade

27 jul 2016 - 09h21
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Obesidade tornou-se um problema de saúde pública mais importante que a desnutrição. Recentemente identificada como a relação entre gordura abdominal e resistência à insulina, a nova entidade, gerada pela obesidade abdominal via resistência à insulina, foi identificada como um fator de risco maior para doenças cardiovasculares.

Descrita em 1988 como "síndrome X" por Gerald Reaven ou "síndrome de resistência à insulina" por outros, ela é agora conhecida como Síndrome Metabólica. Acúmulo de gordura no abdômen, hipertensão, elevação da glicemia em jejum e alteração dos níveis de lipídeos caracterizam o quadro clínico alterado.

Os portadores dessa síndrome estão mais propensos a desenvolver doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio, derrames cerebrais e doenças vasculares periféricas.

Os dados de uma pesquisa realizada no Brasil indicam que a população de imigrantes japoneses no Brasil apresenta um dos maiores índices de diabetes no mundo e um dos responsáveis pelo resultado é a mudança drástica na ingestão alimentar.

Segundo a endocrinologista Sandra Roberta Ferreira, médica endocrinologista da USP, o pior fenótipo é aquele que tem o IMC e a relação cintura/quadril elevados. O segundo mais grave é o que tem a circunferência da cintura elevada e um IMC normal.

Este segundo, de acordo com os dados apresentados pela Dra. Sandra - uma das maiores pesquisadoras do tema no país - é o perfil dos imigrantes japoneses, que tendem a acumular a gordura na região abdominal sem que desenvolvam adiposidade generalizada. Já foram apresentados dados de pesquisas, comprovando o impacto do ambiente ocidental na gênese das doenças que compõem a Síndrome Metabólica. A dieta hipercalórica, rica em gordura, faz parte dessa mudança.

Um dos casos clássicos conhecidos é o dos índios Pima, que em função de uma alteração drástica no estilo de vida passaram a apresentam os maiores índices de diabetes no mundo. O outro grupo, cujos estudos foram apresentados, são os imigrantes japoneses, residentes no Brasil. A maior população que reside fora do Japão sofreu uma mudança significativa de hábitos alimentares, redução na atividade física e aumento do stress psicossocial. Se somado a isso forem incluídos fatores genéticos, o resultado é um acúmulo da gordura visceral que contribui para a gênese da Resistência à Insulina.

É muito comum também os casos de Gestantes que engordaram muito depois da gravidez, a genitora acaba se desnutrindo muito para amamentar e assim precisa receber uma maior quantidade de alimentos.

Depois que a fase de amamentação passa a Mãe obteve uma alteração importante em seus hábitos alimentares e, por conseguinte acaba mantendo uma alimentação calórica acima do que seu corpo necessita.

O curioso foi que a Personal Trainner Gabriela Cangussú conseguiu identificar esse problema e criou um treinamento chamado Projeto Mamãe Sarada . Este treinamento serve para Mães que engordaram após da gravidez.

São de profissionais de saúde como a Gabriela que ajudam nosso País a se livrar das cardiopatias.

Congresso

Em 20 e 22 de abril, em 2017, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica - ABESO realizou o XIVI Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, que visa reunir pesquisadores, especialistas e representantes de empresas para debater descobertas, novas técnicas, terapias e suas aplicações no tratamento da obesidade.

O presidente do Congresso, o endocrinologista Marcio Mancini prevê a inscrição de mais de 1800 participantes, que participarão de mais de 20 simpósios sobre as várias facetas da doença e do seu tratamento. Na opinião do médico, que ressalta o trabalho dos pesquisadores nacionais, "os mais recentes avanços relacionados à prevenção, fisiopatologia e tratamento da Obesidade e Síndrome Metabólica, no Brasil, são muito importantes e devem ser trazidos para os demais profissionais de saúde".

A programação conta com as participações de mais de 60 especialistas no tratamento da obesidade, entre eles o médico Mauro Fisberg, da UNIFESP, que falará sobre "Tratamento Nutricional": Perseu Carvalho, da UFES sobre "Benefícios versus Inconvenientes da Cirurgia Bariátrica"; Simão Lottenberg (HC-FMUSP) sobre "Diabetes e Obesidade" e Giuseppe Repetto (PUC-RS), sobre "Avaliação Crítica dos Medicamentos de Primeira Linha Disponíveis" para o tratamento farmacológico da Obesidade.

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