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Curdos dizem ter retomado cidade próxima a Mossul

23 out 2016 - 17h31
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Cidade iraquiana de Bashiqa, a nordeste do último reduto jihadista no país, é libertada das mãos do "Estado Islâmico", afirmam combatentes curdos. Ofensiva do Exército do Iraque para retomar Mossul já dura uma semana.Os curdos iraquianos afirmaram neste domingo (23/10) ter retomado a cidade de Bashiqa, perto de Mossul, das mãos do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI). Já dura uma semana a ofensiva das Forças Armadas do Iraque, com apoio de curdos e americanos, contra o bastião jihadista no país.

De acordo com a agência de notícias Reuters, a notícia da libertação de Bashiqa foi dada pelo líder da Região Autônoma do Curdistão, Massoud Barzani, ao secretário de Defesa americano, Ashton Carter, que está no Iraque. Neste domingo, os dois se reuniram na cidade de Arbil para discutir a ofensiva.

À mesma agência de notícias, um comandante dos Estados Unidos disse não ter recebido um relatório "confirmando que cada casa foi liberada, cada combatente do EI foi morto e cada bomba, removida", mas afirmou que as informações que possui sugerem que a retomada foi um sucesso.

Segundo o comando-geral das forças curdas peshmerga, citado pela agência de notícias EFE, a ofensiva em Bashiqa resultou na morte do emir do EI na região, identificado como Abu Faruq.

Apoio da Turquia

A batalha contra os jihadistas na cidade iraquiana, localizada a nordeste de Mossul, contou com o apoio da artilharia turca, afirmou neste domingo o primeiro-ministro turco, Binaldi Yildirim. "Eles [os combatentes peshmerga] pediram o apoio dos nossos soldados na base militar de Bashiqa. Nós fornecemos apoio com artilharia, tanques e morteiros", disse o premiê a jornalistas.

No sábado, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, reafirmou que se opunha à participação turca na ofensiva para recuperar Mossul, declarando que "essa é uma batalha iraquiana". Ele se pronunciou após uma reunião com Ashton Carter, que esteve em Bagdá antes de seguir para Arbil.

A captura de Bashiqa, se confirmada, marcaria a remoção de mais um obstáculo no caminho para a libertação de Mossul, segunda maior cidade iraquiana e último reduto dos jihadistas no Iraque.

Iniciada na última segunda-feira, a operação para expulsar o "Estado Islâmico" da cidade de 1,5 milhão de habitantes pode durar semanas ou até meses. Participam da ofensiva cerca de 30 mil soldados iraquianos, além de forças especiais americanas e milícias curdas.

EK/afp/ap/efe/lusa/rtr

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