Semana promete mais chuva entre SP, RJ e MG
Entenda a gangorra das altas pressões
As áreas de divisa entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro já receberam muita chuva desde o inicio da segunda quinzena de janeiro e ainda terão chuvas volumosas até o fim desta semana.
O relevo e o ar quente e úmido que vem predominando sobre estas regiões já facilitam naturalmente a formação de grandes nuvens capazes de provocar fortes pancadas de chuva. Porém, no decorrer desta semana, a circulação dos ventos sobre a América do Sul vai atuar para aumentar muito as condições para chuva.
Tensão das altas
Dois grandes e fortes sistemas de alta pressão atmosférica vão fazer uma verdadeira luta de titãs, uma dura "queda de braço" no decorrer da semana. Uma delas vai avançar do oceano Pacífico para o centro-norte da Argentina. A outra alta pressão vem do Atlântico Sul (a ASAS) em direção a Sudeste e parte do Nordeste do Brasil.
Entre as altas pressões teremos um grande cavado e uma forte baixa pressão que vão estimular a instabilidade. Tudo isto acontece numa altitude de aproximadamente 6000 metros.
Nesta terça e na quarta-feira, 25, a baixa pressão e o cavado aumentam as nuvens carregadas e a chuva sobre a Região Sul do Brasil. Fortes pancadas de chuva podem ocorrer no Sul. Mas com muita umidade e mais calor, chove forte também entre São Paulo, Minas Gerais e o Rio de Janeiro, principalmente à tarde e à noite.
Durante a quinta-feira, a alta pressão avança forte sobre o centro-norte da Argentina e a outra alta pressão (ASAS) avança sobre o Espírito Santo e o nordeste de Minas Gerais. Mas alta da Argentina deve ser mais forte e empurra a baixa e o cavado em direção a São Paulo. Isto aumenta a chuva entre São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.
Na sexta-feira, a ASAS deve ficar mais forte que a alta pressão da Argentina. A pressão da ASAS vai aumentar a chuva entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O mapa mostra a distribuição da chuva sobre o Sudeste nos próximos cinco dias.