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Climatempo

ASAS enfraquece sobre o BR

Condições para chuva aumentam no centro-sul do BR

20 fev 2017 - 17h04
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Cidades do Sul e do Sudeste tem estado entre as 10 mais secas e mais quentes do Brasil desde o começo da semana passada, pelas medições do Instituto Nacional de Meteorologia. Na tarde do domingo, 19, os três locais mais quentes foram cidades do estado do Rio de Janeiro, incluindo a capital fluminense.

A cidade de São Paulo, e a Grande São Paulo de forma geral, estão quase sem chuva desde o dia 8 de fevereiro. No começo da tarde do dia 20, a capital paulista ainda era um dos locais mais secos do país, com nível de umidade no ar pouco acima dos 20%.

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O ar seco, com níveis de umidade abaixo dos 30%, calor acima dos 35°C por dias vários dias consecutivos e a redução da chuva que vem sendo sentida em muitas áreas do Sul e do Sudeste desde o fim da primeira quinzena fevereiro está diretamente relacionada com a forte atuação do sistema de alta pressão atmosférica denominado de ASAS - Alta Subtropical do Atlântico Sul - que é um dos grandes e permanentes sistemas de alta pressão da circulação geral da atmosfera.

Além de diminuir a chuva, a ASAS também tem afastado o ar fresco das massas polares do Brasil.

Mas o que se prevê para os próximos dias é justamente o enfraquecimento da ASAS. No lugar de alta pressão, o Sul e parte do Sudeste vão ficar vários dias sob influência de baixas pressões e de cavados, que são sistemas atmosféricos que atuam de forma contrária a uma alta pressão. Baixas pressões e cavados forçam a concentração de umidade e facilitam a formação de nuvens e da chuva.

Esta mudança começa a ocorrer especialmente a partir da quarta-feira, 22 de fevereiro. Veja mais informações no vídeo.

 

Os mapas com a estimativa da chuva sobre o Brasil mostram a diferença nos volumes de chuva esperada com o enfraquecimento da ASAS.

A partir do dia 25 de fevereiro, a chuva aumenta sobre o Sul e parte do Sudeste sem ASAS e com maior persistência de cavados e áreas de baixa pressão atmosférica.

 

Foto: Climatempo

Foto: Climatempo

ASAS é parte da circulação geral da atmosfera

A ASAS se movimenta entre o Brasil e África e pode atuar com mais força sobre o continente africano ou sobre o sul-americano.

Como qualquer sistema de alta pressão atmosférica, a ASAS diminui a umidade no ar em sua área de atuação, dificulta a formação e crescimento de nuvens que podem provocar chuva.

O mapa mostra a plotagem dos dados da sondagem atmosférica feita às 9 horas de 20/02/2017, pelo horário de Brasília (12:00 UTC), no nível de pressão de 500 hPa, nível médio atmosférico.

Foto: Climatempo

Os desenhos de pequenos traços com diferentes tamanhos e posições representam a direção e intensidade dos ventos. Os números são o valor da altura geopotencial, que pode ser entendida como a força do sistema de

alta pressão. Estes números e os ventos são reais, não foram são estimados por computadores. São medições reais feitas por um instrumento chamado radiosondagem. É um pequeno aparelho preso com diversos sensores que é lançado na atmosfera preso a um balão.

Radiosondagens são feitas em todo o planeta, sempre no mesmo horário universal e dizem para os meteorologistas como está a atmosfera real em diversos níveis de altitude acima da superfície.

O número 5950 (mgp) que está ao lago de Curitiba e de Florianópolis é um valor tecnicamente muito alto.

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