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Vida selvagem teve redução de 58% nos últimos 40 anos, aponta relatório

27 out 2016 - 13h35
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As espécies de vida selvagem reduziram 58% nos últimos 40 anos, desde 1970, segundo o "Relatório sobre o Planeta Vivo" elaborado pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL) e a organização independente pelo meio ambiente WWF.

Grupos conservacionistas alertaram nesta quinta-feira, após este estudo ser divulgado, que a natureza enfrenta uma possível extinção em massa pela primeira vez desde o desaparecimento dos dinossauros.

Os números fornecidos no documento revelam que os animais que habitam em lagos, rios e pântanos são os que estão sofrendo as maiores perdas.

Entre os fatores que contribuem para esse declive figuram a atividade dos humanos, o comércio de espécies selvagens, a poluição e a mudança climática.

O responsável de ciência e políticas da WWF, Mike Barrett, afirmou que se chegou a um ponto "no qual realmente não existe nenhuma desculpa para permitir que isto continue".

"Sabemos quais são as causas e sabemos a magnitude do impacto que os humanos têm sobre a natureza e sobre as populações de vida selvagem, e agora realmente depende de nós adotar medidas", alertou.

A análise, publicada a cada dois anos e cujo objetivo é proporcionar uma estimativa do estado atual da vida selvagem, estudou 3.700 espécies diferentes de aves, peixes, mamíferos, anfíbios e répteis, aproximadamente 6% do número total de espécies vertebradas que há no mundo.

O estudo, que incluiu todas as espécies das quais se têm dados desde 1970, analisou como o tamanho dessas populações foi variando ao longo do tempo.

O último relatório, em 2014, estimou que as populações de vida selvagem do mundo se tinham reduzido à metade nos últimos 40 anos.

Segundo o documento deste ano, essa tendência continuou e desde 1970 as espécies de vida selvagem diminuíram 58% .

"Vemos declives particularmente fortes no entorno de água doce e só no que se refere às espécies deste âmbito, o declive é de 81% desde 1970", apontou Barrett.

O relatório também destaca o caso dos elefantes africanos, que sofreram enormes quedas em sua espécie nos últimos anos perante o aumento da caça ilegal e ressalta, além disso, a situação dos tubarões, ameaçados pelo excesso de pesca.

Os pesquisadores concluem que as populações de vertebrados se reduzem 2% anualmente e advertem que se não for adotada nenhuma medida a respeito, as populações de vida selvagem poderiam cair 67% no final desta década.

EFE   
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