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Perda da biodiversidade impede o proveito dos direitos humanos, diz ONU

1 mar 2017 - 10h21
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A perda da biodiversidade "impede o proveito dos direitos humanos mais amplos", destacou nesta quarta-feira o especialista independente da ONU sobre direitos humanos e meio ambiente, John Knox, em discurso na vésperas do Dia Mundial da Vida Silvestre

"A rápida perda da diversidade biológica no mundo deve fazer soar os alarmes", pediu o especialista.

"Estamos -acrescentou- em vias da sexta extinção global de espécies na história do planeta e os Estados ainda não freiam os principais motores da perda da biodiversidade, incluída a destruição de habitats, a caça ilegal e a mudança climática".

"A perda da biodiversidade impede o desfrute de direitos humanos mais amplos, entre eles o direito à vida, à saúde, à alimentação e à água", recalcou.

Entre os muitos efeitos negativos da perda da biodiversidade, estão a queda da produtividade e da estabilidade da agricultura e da pesca, o que impede o direito à alimentação, segundo Knox.

Também destrói potenciais fontes para remédios, aumenta a exposição a certas doenças infecciosas e restringe o desenvolvimento dos sistemas imunitários humanos, minando o direito à vida e à saúde, acrescentou o especialista da ONU.

Além disso, elimina filtros naturais do ciclo de água, o que influencia no direito ao acesso a este elemento vital, acrescentou o relator, que apresentará seu relatório sobre este tema ao Conselho de Direitos Humanos no dia 7.

Knox lembrou que estes problemas afetam todo o mundo, mas especialmente àqueles que dependem diretamente das fontes naturais, como os indígenas.

"Proteger os direitos dos indígenas e de outros que dependem diretamente do ecossistema natural não é só uma obrigação sob a lei internacional de direitos humanos, mas também é frequentemente a melhor maneira de proteger a biodiversidade", enfatizou.

EFE   
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