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Líderes mundiais pedem concretização de ação global para proteger oceanos

5 out 2015 - 23h11
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Os líderes políticos reunidos na Conferência Nosso Oceano 2015 na cidade de Valparaíso, no Chile, pediram nesta segunda-feira a concretização de ações globais para proteger os ecossistemas marítimos e unir esforços para combater a pesca ilegal e a poluição que os castiga.

"As soluções a estes problemas têm que ser globais porque o oceano é global. Temos que trabalhar conjuntamente porque os cientistas demonstraram que só existe uma única parte líquida do planeta e que deve ser uma fonte de recursos para todos", disse à Agência Efe a subsecretária de Estado dos Estados Unidos para o Crescimento Econômico, a Energia e o Meio Ambiente, Catherine Novelli.

Nessa mesma linha se expressaram hoje diferentes líderes políticos e autoridades, como o secretário de Estado dos EUA, John Kerry; o príncipe Albert II de Mônaco; o ministro das Relações Exteriores da Costa Rica, Manuel González, e o diretor-geral da Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano.

"Os oceanos são vastos, mas sua capacidade de suportar a degradação é limitada. Trabalhemos juntos de modo coordenado para um futuro sustentável", declarou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, através de um comunicado lido hoje pela secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas (Cepal), Alicia Bárcenas.

O chefe da diplomacia americana, que hoje anunciou uma bateria de compromissos para preservar as áreas marítimas, reiterou sua decisão de trabalhar no marco dos encontros bilaterais para somar novos países aos acordos estabelecidos na reunião.

"Me comprometo a trabalhar do ponto de vista diplomático, em minhas viagens e reuniões com ministros das Relações Exteriores de outros países, para assegurar que esta responsabilidade que estamos expressando hoje esteja compartilhada em nível mundial", comentou.

Por sua parte, Manuel González, o ministro das Relações Exteriores da Costa Rica, cujo território marinho é dez vezes maior que sua massa continental, fez um apelo pela colaboração entre a sociedade civil, os políticos e o mundo empresarial para "articular esforços" e estabelecer áreas de refúgio para as espécies que velem pelo equilíbrio dos ecossistemas marítimos.

Nesse contexto, o príncipe Albert II de Mônaco lembrou que "só trabalhando de forma conjunta se poderá conseguir lutar para a preservação dos mares e garantir que suas riquezas perdurem para as novas gerações".

Para o soberano europeu, o desafio - que também será debatido na 21ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP21) que será realizada em Paris em novembro - vai muito além de fronteiras e obriga a trabalhar de forma "global" e "sustentável".

"Proteger os oceanos também significa limitar os efeitos da mudança climática, porque se verificou que o aquecimento global provoca a destruição dos ecossistemas frágeis, variações nas migrações dos espécies e o degelo dos polos", salientou.

Tudo isso tem um impacto profundo no equilíbrio e na vida dos oceanos e justifica uma campanha "incessante" para conseguir um acordo na COP21 sobre a matéria, acrescentou.

Essas afirmações estão sintonizadas com o ponto de vista do diretor-geral da FAO, que ressaltou que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável adotada pela ONU obriga os países a atuar com solidariedade.

"Já não podemos seguir trabalhando e pensando de forma isolada (...), não temos tempo a perder, devemos navegar rumo a um futuro transformador. Ou o alcançamos juntos ou ninguém conseguirá", advertiu Graziano.

EFE   
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