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Japão polemiza: caça de baleias é indispensável para ciência

1 dez 2015 - 09h56
(atualizado às 11h41)
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O ministro da Agricultura, Pesca e Política Florestal do Japão, Hiroshi Moriyama, justificou nesta terça-feira (1º) que o controverso programa de caça às baleias do país é "indispensável" para pesquisas científicas sobre o animal.

Japão retomou programa de captura de baleias, suspenso em 2014, após a decisão vinculativa da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que obrigava o país a reduzir o número de cetáceos pescados por temporada
Japão retomou programa de captura de baleias, suspenso em 2014, após a decisão vinculativa da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que obrigava o país a reduzir o número de cetáceos pescados por temporada
Foto: Reprodução

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Nesta terça-feira, quatro navios zarparam dos portos de Yamaguchi, Hiroshima e Miyagi para pescar 333 exemplares da baleia-minke no Oceano Antártico. Com isso, o Japão retoma seu programa de captura de baleias, suspenso em 2014, após a decisão vinculativa da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que obrigava o país a reduzir o número de cetáceos pescados por temporada e questionava os "fins científicos" do projeto.

Segundo ele, a temporada de caça que acaba de começar faz parte de um programa científico que respeita a lei internacional e que se estenderá até março de 2016. Com relação ao anúncio da associação de preservação Sea Shepherd de agir contra o trabalho destas quatro embarcações, Moriyama qualificou a intenção dos ativistas de "extremamente lamentável" e afirmou que o Japão garantirá a segurança de seus navios.

De acordo com a emissora pública "NHK", para o ministro, as expedições contribuirão para que o país retome a caça às baleias com fins comerciais no futuro. No entanto, o Japão assinou a moratória total da pesca com fins comerciais de baleias que entrou em vigor em 1986, embora no ano seguinte tenha iniciado programas de capturas científicas defendendo que eles estão amparados pela Convenção de 1946 da Comissão Baleeira Internacional (IWC).

Nos últimos anos, a captura de cetáceos gerou diversos problemas entre governos e organizações ambientais. Em maio de 2010, a Austrália processou o Japão perante a Corte Internacional de Justiça ao considerar que seu programa tinha fins comerciais. Por conta disso, o CIJ sentenciou, em 2014, o programa científico japonês como "pouco transparente" e obrigou o país a reduzir em dois terços o volume de capturas, que chegava a 950 exemplares.

EFE   
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