PUBLICIDADE

China lamenta que panda não seja mais espécie em risco para UICN

6 set 2016 - 10h26
Compartilhar
Exibir comentários

As autoridades chinesas não receberam bem a decisão da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de retirar o urso panda da lista de espécies em perigo, e destacaram que a medida poderia ter "consequências irreversíveis", informou nesta terça-feira o jornal oficial "China Daily".

Em comunicado, a Administração Florestal Estadual declarou que "é muito cedo para dizer que o panda já não está em perigo", e afirmou que a decisão da IUCN, "poderia dar um passo atrás aos avanços conseguidos nas últimas duas décadas".

O panda, um grande símbolo para a cultura chinesa, é agora segundo a organização internacional uma espécie "vulnerável", mas não em risco de extinção, já que conseguiu reverter o número de exemplares, antes em queda e agora em crescimento. A IUCN estabelece uma classificação de nove níveis para medir a ameaça que cada espécie vive, onde "em perigo" é o 4º lugar na lista de gravidade, "vulnerável" é o 5º e "extinto" é o 1º.

O novo status dos pandas foi anunciado no domingo no Congresso Mundial da Natureza realizado no Havaí, e de acordo com os estudiosos chineses não leva em conta a especial situação destes animais, que vivem em comunidades isoladas umas das outras nas zonas montanhosas do centro da China. Dessas 33 comunidades, 24 têm apenas 30 exemplares, o que os situa em risco de desaparecimento, e 18 delas têm menos de dez ursos, com grave perigo de extinção, adverte a Administração Estadual.

O último censo de pandas realizado pelas autoridades chinesas em 2015 contabilizou 1.864 os exemplares em vida selvagem, frente aos 1.596 do início deste século, mas segundo os analistas do país, acima dos números, a mudança climática é um forte adversário para a espécie. Estudos botânicos indicam que o aquecimento global poderia causar o desaparecimento de um terço das florestas de bambu, essenciais para a vida dos pandas, que, além disso, habitam zonas de alta atividade sísmica, o que aumenta o perigo.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade