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Após décadas extinto, leopardo volta ao Cáucaso russo

15 jul 2016 - 14h26
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O leopardo-persa voltou a habitar o Cáucaso russo várias décadas depois de sua completa extinção nessa região montanhosa com a introdução de três exemplares desse felino no Parque Nacional de Sochi.

Victoria, Akhun e Killi, que nasceram em cativeiro no Centro de Criação e Reintrodução do Leopardo do parque, já aproveitam a vida selvagem, embora sejam controlados o tempo todo por satélite através de coleiras eletrônicas. Os tratadores os levaram nesta manhã em caixas de madeira até o novo lar, primeiro de helicóptero e depois em caminhões, ante de os bichanos se embrenharem na mata.

O governo russo e os especialistas do WWF iniciaram em 2005 um programa de repovoamento que foi apoiado pessoalmente pelo presidente russo, Vladimir Putin, um conhecido amante dos animais.

"Chegamos a um momento muito importante do programa: a libertação dos primeiros animais, mas isto é só o começo", disse o diretor do WWF na Rússia, Igor Chestin.

Segundo ele, para estabilizar a população de leopardos no Cáucaso será necessário soltar pelo menos outros 25 animais. No centro, que recebeu primeiro dois leopardos do Irã e depois dois do Turcomenistão, nasceram 14 filhotes, que recebem treinamento especial para sobreviver na floresta. Durante a última década, as autoridades prepararam a região para que o leopardo se sentisse confortável em seu novo habitat ao repovoar a região com mais presas e tomar medidas contra a caça ilegal.

"Proteger e manter esta paisagem é fundamental para o sucesso do programa de reintrodução do leopardo-persa", acrescentou Chestin.

Por isso, o WWF adverte contra os planos de construir hotéis e pistas de esqui em áreas de reserva ambiental. Segundo os dados do grupo, no mundo há 1.000 exemplares de leopardo-persa, espécie que desapareceu da Rússia, Turquia e Geórgia por conta da caça feita devido ao grande valor comercial de sua pele.

EFE   
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