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Acre vai receber de banco alemão R$ 50 milhões por Redd+

3 jan 2013 - 10h56
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O Acre vai deixar de emitir 4 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) e, por isso, vai receber 16 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões) nos próximos quatro anos. O Estado é o primeiro a realizar transações financeiras por Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal, o chamado Redd+.

A medida foi estabelecida a partir de um contrato inédito com o banco alemão KfW. Essa é a primeira vez que um Estado ou província recebe um repasse de recursos baseado em resultados de Redd+. Até então, apenas países haviam utilizado o mecanismo.

Segundo o governo do Acre, o dinheiro será investido em projetos ambientais com foco em produção sustentável e conservação dos recursos naturais. Pelo contrato, 70% do valor será destinado a provedores de serviços ambientais, como extrativistas, indígenas e produtores rurais familiares.

O Acre atingiu picos de desmatamento na década de 80, mas ainda detém 87% de sua cobertura florestal. Nos últimos anos, o Estado vem demonstrando liderança na construção de um modelo econômico que promove o desenvolvimento local e a proteção florestal.

"Este é um projeto inovador, que terá muita repercussão dentro e fora do Brasil. O Acre é um Estado que está na vanguarda deste tipo de projeto", afirma o gerente de Florestas Tropicais do banco alemão do KfW, Hubert Eisele.

Até agora, as Conferências das Partes (COPs) promovidas pelas Organização das Nações Unidas não conseguiram avançar oficialmente sobre o Redd+. Ainda não foi possível chegar a consenso sobre os valores que devem ser pagos por tonelada de CO2 não emitido. No acordo entre o Acre e o KfW, cada tonelada não emitida foi estimada em US$ 5.

Uma legislação específica do Estado, feita com o apoio da WWF, subsidia este tipo de iniciativa. O Sistema de Incentivo aos Serviços Ambientais do Acre (Sisa) permite que o poder público viabilize estratégias pela valorização dos ativos florestais.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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