SP faz cirurgia inédita sem cortes para retirar pedras nos rins
23 mar2011 - 12h01
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A Secretaria da Saúde de São Paulo divulgou nesta quarta-feira que o Centro de Referência em Saúde do Homem desenvolveu uma nova técnica para combater pedras nos rins. Uma cirurgia foi realizada com sucesso utilizando apenas um pequeno orifício na região abdominal para retirar as pedras. De acordo com o médico chefe do serviço de urologia, Joaquim Claro, foi o primeiro procedimento do tipo na América Latina.
Os pacientes com cálculos renais já têm tratamentos pouco invasivos com um equipamento que entra pelo canal do ureter e quebra a pedra. No entanto, para cálculos com mais de 2,5 cm ou alocados perto do rim, o método tradicional, com cortes na região do abdome, era escolhido para não comprometer o canal e preservar o paciente. Na cirurgia por acesso único, o aparelho consegue cortar a pedra e retirá-la sem afetar o ureter.
A intervenção utilizou um aparelho chamado de "single port" e uma câmera para que a equipe médica acompanhasse o procedimento através de um monitor de vídeo. Por ser menos invasiva, a nova intervenção oferece mais conforto ao paciente. Tanto a internação quanto o processo operatório são mais rápidos, e em torno de uma semana o operado já pode voltar a sua vida cotidiana.
Estima-se que uma entre 10 pessoas vá apresentar pedras nos rins ou nos ureteres pelo menos uma vez até chegar aos 70 anos de idade. A formação pode ser consequência de herança genética e também está ligada a hábitos de vida pouco saudáveis, como o excesso de ingestão de sal e alimentos gordurosos, em contrapartida da baixa ingestão de líquidos. Pacientes com cálculos renais apresentam fortes dores nas costas e em toda a região abdominal. Em alguns casos há, ainda, dificuldade para urinar.
As gêmeas Amber Mae e Lily Rose Locker nasceram em outubro de 2007, mas causaram um susto aos pais e aos médicos poucos meses após o nascimento
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os pais descobriram que as gêmeas sofriam de fibrose cística
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os médicos que tratam de Amber Mae e Lily Rose Locker afirmaram à família que a chance de gêmeas não idênticas sofrerem de fibrose cística é de uma em 1 milhão
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Além das gêmeas, os pais Vanessa, 26 anos, e Gary, 35 anos, tem outros três filhos: a menina Tayla, 11 anos, e os meninos Charlie, 10 anos, e Vinnie, 4 anos
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Poucas semanas após o nascimento, os pais já notavam que havia algo estranho com Amber Mae e Lily Rose. "Eu já havia tido três crianças e eu soube imediatamente que havia algo errado com as meninas depois de trazê-las para casa. Nenhuma das duas comia facilmente e, quando o faziam, saía muito muco dos pulmões", diz Vanessa
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os pais levaram as gêmeas a um hospital, mas os médicos as mandaram de volta para casa. No dia seguinte, Amber parou de respirar e o casal a levou correndo para a emergência. Os médicos se esforçaram por cinco horas para tentar fazer a menina melhorar, mas já achavam o caso perdido - até um padre foi chamado
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os pais, em uma última tentativa, a transferiram Amber para o hospital da Universidade de Cambridge, apesar de o bebê poder morrer na ambulância
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No dia seguinte, quando Amber já estava em Cambridge, a irmã também parou de respirar e foi levada às pressas para o hospital. Os médicos conseguiram estabilizar o quadro das duas, que estavam com pneumonia
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Hoje com três anos, elas tomam remédios diariamente administrados pelo pai, Gary, e a mãe, Vanessa, incluindo antibióticos para parar infecções desenvolvidas nos pulmões. Além disso, elas fazem fisioterapia três vezes por semana para limpar o muco dos pulmões
Foto: Barcroft Media / Getty Images
"Elas vão à pré-escola que elas amam, apesar de às vezes não sentirem bem o suficiente e não poderem ir. (...) É provável que elas precisem de um transplante em algum momento, mas nós estamos vivendo cada dia de uma vez", diz a mãe de Amber e Lily