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OMM verifica recordes de temperatura alcançados na região da Antártida

1 mar 2017 - 11h21
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Um comitê de especialistas da Organização Mundial da Meteorologia (OMM) verificou os recordes históricos de altas temperaturas na Antártida, que nessa região atingiram aproximadamente 20 graus centígrados em algum momento das últimas décadas, informou nesta quarta-feira a instituição.

A temperatura sem precedentes de 19,8 graus centígrados ocorreu na "região da Antártida", ao sul do paralelo 60ºS, e foi registrada em 30 de janeiro de 1982 na estação de pesquisa Signy, na ilha Signy.

Por outro lado, no "continente antártico (definido como a massa continental principal e as ilhas adjacentes) a temperatura mais elevada registrada na base argentina de pesquisa Esperanza, situada no extremo norte da península antártica, foi de 17,5 graus centígrados em 24 de março de 2015.

Por fim, no planalto antártico (altitude igual ou superior aos 2,5 mil metros), a temperatura mais alta, de 7 graus sob zero, foi registrada em 28 de dezembro de 1980 na estação meteorológica automática (lugar D-80) situada no interior de Adélie.

Já a temperatura mais baixa, de 89,2 graus sob zero, medida no solo e não só na região da Antártida, mas também no mundo inteiro, foi observada em 21 de julho de 1983 na estação Vostok da Rússia na Antártida.

"É possível, e certamente provável, que possam ocorrer e de fato tenham ocorrido, extremos mais acentuados na região da Antártida", afirma a OMM.

A Antártida, cuja superfície é de 14 milhões de quilômetros quadrados, aproximadamente duas vezes o tamanho da Austrália, é um território frio e com muito vento.

A temperatura média anual oscila entre 10 graus sob zero no litoral e 60 graus sob zero nas zonas mais altas do interior.

A península antártica, cujo extremo noroeste se encontra perto da América do Sul, é uma das regiões do planeta que está se aquecendo rapidamente, subindo quase 3 graus nos últimos 50 anos, indica a OMM.

Neste período, aproximadamente 87% das geleiras do litoral ocidental da península retrocederam e, nos últimos 12 anos, muitas delas experimentaram um retrocesso acelerado.

A comissão de especialistas tomou nota de que os três recordes foram registrados nas estações, coincidindo com uma afluência de ar quente.

Nas estações de Signy e Esperanza havia um vento Foehn quente e na estação D-80, graças a um céu espaçoso e à altitude, o calor do sol desempenhou um papel muito importante.

A Comissão de Climatologia da OMM mantém um arquivo de fenômenos meteorológicos e climáticos extremos, que engloba informação como as temperaturas máxima e mínimas e os recordes de precipitação em escala mundial, o período de seca mais prolongado, a rajada de vento mais forte, o relâmpago mais durável e a maior altura significativa das ondas.

EFE   
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