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OMM confirma 2016 como o ano mais quente já registrado

18 jan 2017 - 15h02
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A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) confirmou nesta quarta-feira que 2016 foi o ano mais quente já registrado, dado que a temperatura global ficou 1,1 grau acima da média durante a era pré-industrial.

Além disso, a temperatura do último ano foi aproximadamente 0,83 grau acima da média de 14 graus registrados pela OMM no período 1961-1990, segundo explicou a entidade em comunicado.

O ano de 2016 também foi 0,07% mais quente que 2015, que já havia registrado um recorde de temperaturas muito altas.

Para determinar esses registros, a OMM compila dados da Nasa, da Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, sigla em inglês) dos Estados Unidos, do instituto meteorológico da Grã-Bretanha, do Centro Europeu sobre Prognósticos Meteorológicos e do Serviço de Mudança Climática Copérnico.

Citado no comunicado, o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, confirmou o recorde, mas advertiu que as temperaturas "só contam parte da história".

"Os indicadores de longo prazo das mudanças climáticas provocadas pelos humanos alcançaram seu máximo em 2016. As concentrações de dióxido de carbono e de metano também alcançaram novos recordes", afirmou Taalas.

O dióxido de carbono se mantém na atmosfera durante séculos e também no oceano, onde fica por mais tempo e contribui para a acidificação dos mares.

Atualmente, esses níveis estão acima das 400 partes por milhão na atmosfera, uma quantidade inédita e um limite "simbólico", segundo a OMM.

"Também quebramos os recordes mínimos de gelo no Ártico e na Antártida", lembrou Taalas, que advertiu que o gelo no Ártico está se aquecendo duas vezes mais rápido que a média mundial.

Os 16 anos mais quentes registrados na história foram durante este século, com a exceção de 1998, quando houve um forte episódio do fenômeno meteorológico El Niño.

No ano passado também houve o fenômeno El Niño, mas, assim que o mesmo finalizou, as temperaturas continuaram elevadas.

O El Niño é o fenômeno oposto ao La Niña, e ambos são o resultado de fases opostas de interação entre a atmosfera e o Oceano Pacífico (aumento ou redução da temperatura de água) e têm efeitos opostos no clima de diferentes lugares do mundo.

Enquanto o El Niño acontece quando há um aumento das temperaturas, o que tem diferentes efeitos em cada região do mundo, o fenômeno La Niña contribui para uma queda dessas temperaturas.

Outra consequência das altas temperaturas foi a destruição e o branqueamento de grandes áreas de corais, denunciou a OMM.

EFE   
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