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OMM alerta sobre efeitos da mudança climática no Ártico e pede proteção

28 set 2016 - 10h10
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A mudança climática afeta especialmente o Ártico, cuja temperatura aumenta a um ritmo sem precedentes, por isso que a Organização Mundial da Meteorologia (OMM) fez nesta quarta-feira uma chamada para sua vigilância e proteção.

O aquecimento extremo e sem precedentes que é registrado atualmente no Ártico provoca uma elevação do nível do mar, que afeta os regimes meteorológicos de todo o mundo e pode inclusive causar novas mudanças no clima.

A velocidade em que ocorre a mudança representa um desafio para os cientistas, por isso, a OMM fez nesta quarta-feira uma chamada para criar um Observatório do Ártico, que seja coordenada pelos centros científicos da região e no qual participem outras nações.

"Temos os dados e devemos atuar agora", afirmou em entrevista coletiva Petteri Taalas, secretário-geral da OMM.

"A fusão da neve e da cobertura de gelo tem gravíssimas consequências ambientais e pode contribuir para modificar a configuração da circulação oceânica e atmosférica", acrescentou.

O comparecimento perante a imprensa coincide com a primeira reunião ministerial sobre as Ciências do Ártico realizada hoje em Washington e que reúne os países-membros do Conselho do Ártico.

"As mudanças do Ártico servem de indicador em nível mundial. E estão ocorrendo a um ritmo muito mais rápido do que o previsto. Necessitamos criar um observatório do Ártico que nos ajude a vigiar, prever e combater estas mudanças", enfatizou Taalas.

O secretário-geral confirmou que a menos que haja uma mudança radical, neste ano será registrado um novo recorde de temperaturas e 2016 se transformará no mais quente da história.

O aquecimento do Ártico tem ocorrido a um ritmo que é, pelo menos, o dobro mais rápido que a média mundial e em alguns lugares, é ainda maior.

A máxima extensão do gelo marinho do Ártico, observada em março de 2016, era a mais reduzida registrada, da mesma forma que a extensão do manto de neve do hemisfério norte.

O Ártico representa cerca de 4% da superfície da Terra, mas é uma das regiões do mundo sobre a qual há menos dados devido a sua remota localização e a sua inacessibilidade.

EFE   
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