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O que a busca pelo gelo mais antigo do planeta pode revelar sobre o clima

Cientistas fazem perfurações na Antártida atrás de amostras de 1,5 milhão de anos.

21 dez 2016 - 14h25
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Uma equipe de cientistas está trabalhando na Antártida para encontrar a geleira mais antiga do mundo. Eles querem perfurar o gelo e retirar amostras que permitam descobrir rastros das mudanças climáticas do passado.

O que a busca pelo gelo mais antigo do planeta pode revelar sobre o clima:

A ideia do grupo é tentar estender o conhecimento que se tem do clima passado.

“Nós temos um excelente registro sobre o que aconteceu no clima nos últimos 800 mil anos, mas ainda há aspectos que não conseguimos explicar plenamente”, disse Robert Mulvaney, que faz parte do grupo de pesquisas britânico sobre a Antártida (BAS, na sigla em inglês).

“Estudando geleiras que tem 1,5 milhão de anos, isso poderá nos dar a convicção de que realmente entendemos bem o sistema climático, que podemos ter certeza absoluta de que o que estamos projetando para as próximas centenas de anos se baseia em um estudo completo e no conhecimento da Ciência ", disse ele à BBC.

Uma análise química de um pedaço de gelo antigo pode trazer várias informações sobre como era o clima na região no passado – e como ele foi mudando ao longo dos séculos.

Quando o gelo é trazido à superfície, ele é cortado em pedaços para ser estudado. Até elementos químicos presos em bolhas de ar entre flocos de neve são examinados minuciosamente. Dessa forma, cientistas são capazes de mapear as temperaturas e a atividade solar de séculos passados.

Espera-se que esses dados ajudem os cientistas a fazer previsões mais precisas sobre como as condições climáticas no planeta podem se desenvolver no futuro.

Cientistas fazem perfurações na Antártida atrás de amostras de 1,5 milhão de anos.
Cientistas fazem perfurações na Antártida atrás de amostras de 1,5 milhão de anos.
Foto: BBC News Brasil
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