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Botox cura britânica que chorava durante refeições

22 jan 2009 - 09h57
(atualizado às 12h20)
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Uma britânica de 58 anos, que chorava em todas as refeições devido a uma doença rara, teve o problema controlado graças a injeções de Botox, segundo a assessoria de imprensa do Hospital Maidstone, em Kent, na Inglaterra.

Injeção de botox debaixo da pálpebra resolveu problema lacrimal de mulher britânica
Injeção de botox debaixo da pálpebra resolveu problema lacrimal de mulher britânica
Foto: Getty Images

Patricia Webster sofre da Síndrome das Lágrimas de Crocodilo, uma condição que afeta certos pacientes com paralisia facial. A paralisia é conseqüência de outra doença, diagnosticada em 1991, a Síndrome de Guillain-Barre, que ataca os nervos do corpo. A doença a deixou paralisada e Webster teve que ser submetida a um intenso tratamento para recuperar sua mobilidade.

Entretanto, a paciente não conseguiu superar uma paralisia parcial da face e a Síndrome das Lágrimas de Crocodilo se desenvolveu como efeito colateral. Com isso, todas as vezes que Webster mastigava, as lágrimas rolavam em abundância.

Injeção nas pálpebras

A equipe médica do Hospital Maidstone injetou botox debaixo da pálpebra de Webster, na glândula lacrimal, que resolveu o problema. Agora, a paciente freqüenta o hospital para manter o problema sob controle.

A toxina botulínica é usada em tratamentos estéticos e medicinais. Os tipos mais comuns são o Botox (toxina tipo A) e o Myobloc (tipo B), usados em procedimentos estéticos para atenuar as rugas da pele e em diversas condições médicas.

Na medicina, a toxina é utilizada no tratamento de paralisia cerebral, espasticidade muscular, estrabismo e diversas síndromes neurológicas.

Um estudo da Associação Americana de Urologia divulgado em 2007, afirmava que o uso de injeções de botox poderia ajudar a controlar problemas da próstata, como uma condição que leva a pessoa a ir ao banheiro com freqüência e, num estágio avançado, sofrer com retenção urinária.

Mas, em 2008, a Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês) - principal órgão de vigilância sanitária nos Estados Unidos - informou que a droga foi ligada a sintomas graves do botulismo, como dificuldade de deglutição e respiração.

Em alguns casos, os efeitos causaram internações e algumas crianças que receberam a droga para tratamento de espasmos musculares morreram no hospital.

Além disso, um estudo realizado por cientistas canadenses sugere que a toxina botulínica pode afetar músculos adjacentes ao da região em que foi injetada, provocando paralisia e enfraquecimento muscular.

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