Primeiro sucesso

Em uma missão desse tamanho, até o pouso pode ser considerado uma conquista. Da década de 1960 até hoje, a taxa de sucesso do envio de sondas a Marte fica abaixo de 50%. E a Curiosity não é uma sonda qualquer: o jipe-robô custa US$ 2,5 bilhões, carrega aparato científico delicado e pesa quase 1 tonelada. Mesmo assim, após se desvencilhar da nave que a levou até o planeta vermelho, a representante terrestre atingiu a Cratera de Gale intacta às 2h32 do dia 6 de agosto de 2012.

Depois da viagem de oito meses e 570 milhões de quilômetros da Terra até Marte, o trabalho da sonda estava só começando. Seus objetivos eram claros: analisando o clima, a geologia e a habitabilidade de Marte, constatar se há ou se já houve vida em Marte e coletar o máximo de dados para determinar se será viável uma missão tripulada ao planeta vermelho no futuro.

Na Terra, angústia. Imediatamente após o pouso, dezenas de cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia, aguardavam em silêncio o anúncio de que a sonda havia descido com segurança. Em imagens transmitidas pela agência, ouviram-se os gritos que eclodiram pela sala ante a confirmação. Braços para o alto, choro, pulos na cadeira, abraços. “Oh god”, disse um. “Vamos ver até onde a Curiosity vai nos levar”, falou outro.

foto: Nasa/Divulgação