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Indiana com crânio hipertrofiado está bem, mas operação será difícil

A cabeça, com uma circunferência de 91 centímetros, é duas vezes maior do que o normal, o que impede a menina de ficar em pé ou engatinhar

19 abr 2013 - 10h34
(atualizado em 23/7/2018 às 10h50)
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<p>A menina de 18 meses sofre de hidrocefalia, uma doença rara que é definida pelo aumento do volume do espaço contendo fluido cerebrospinal</p>
A menina de 18 meses sofre de hidrocefalia, uma doença rara que é definida pelo aumento do volume do espaço contendo fluido cerebrospinal
Foto: AFP

Uma menina indiana de 18 meses que sofre de hidrocefalia e cuja situação provocou uma onda de solidariedade internacional se encontra bem, mas a gravidade de sua doença complica o tratamento, declarou o neurologista que cuida do caso. Roona Begum sofre de uma grave anomalia neurológica traduzida pelo aumento do volume dos espaços que contém líquido cefalorraquidiano e que provoca pressão sobre o cérebro.

A divulgação de fotografias tiradas por um fotógrafo da AFP no início de abril comoveu leitores no exterior e um site baseado na Noruega foi criado para lançar uma campanha de angariação de fundos.

A criança, cujos pais são muito pobres, está sendo tratada por um prestigiado neurocirurgião indiano, Sandeep Vaishya, que trabalha em um hospital privado do grupo Fortis Healthcare, a uma curta distância de Nova Delhi. "A menina está bem agora", disse o especialista. Mas "seu caso é muito difícil e, no momento, estamos analisando as melhores opções", acrescentou.

A menina vive no pobre estado de Tripura (nordeste) com seus pais, que não têm condições para internar e tentar uma operação
A menina vive no pobre estado de Tripura (nordeste) com seus pais, que não têm condições para internar e tentar uma operação
Foto: AFP

O procedimento habitual para este tipo de doença é drenar o excesso de líquido para fora do cérebro e dirigi-lo para outras partes do corpo, onde é absorvido pelo sangue. Mas no caso desta menina, o tamanho da cabeça em relação ao corpo faz com que seja uma operação muito delicada, segundo o médico.

"Sua cabeça é várias vezes maior do que a circunferência de sua barriga, por isso é preciso avaliar a quantidade de líquido que o corpo pode absorver se colocado um dreno craniano", disse.

A menina vive no estado de Tripura (nordeste) com seus pais, que são demasiado pobres para pagar a hospitalização e tentar uma operação. A cabeça, que tem uma circunferência de 91 centímetros, é duas vezes maior do que o normal, o que impede a menina de ficar pé ou engatinhar.

O site, com base na Noruega, começou a receber doações no início de abril e nesta sexta-feira contava com US$ 34 mil. 

O fundador do site, Jonas Borchgrevink, 22 anos, lançou esta iniciativa com uma amiga, Nathalie Krantz, depois de ter visto as fotos de Roona na internet.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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