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IBGE: área desmatada na Amazônia cresceu 51% em 20 anos

18 jun 2012 - 09h55
(atualizado às 10h09)
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Cirilo Junior
Direto do Rio de Janeiro

Há 25 anos, Raoni Metuktir, da tribo caiapó, ganhou notoriedade internacional ao receber o cantor Sting, do grupo inglês The Police, no parque nacional do Xingu, e chamar a atenção para a preservação da Amazônia e das tradições indígenas
Há 25 anos, Raoni Metuktir, da tribo caiapó, ganhou notoriedade internacional ao receber o cantor Sting, do grupo inglês The Police, no parque nacional do Xingu, e chamar a atenção para a preservação da Amazônia e das tradições indígenas
Foto: Daniel Ramalho / Terra

A área total desmatada na Amazônia aumentou 51% nos últimos 20 anos, aponta um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados relativos ao ano passado indicam que a maior região florestal do planeta tem um total de 754.840 quilômetros quadrados desmatados. Isso representa 15% da área total da Amazônia, e 20% da área florestada. Originalmente, a Amazônia brasileira tinha cerca de 4 milhões de km² de florestas.

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A área total já desmatada na Amazônia corresponde a cerca de três vezes o tamanho do estado de São Paulo. Em 1992, a área desflorestada correspondia a 499.037 km². Os dados contam dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), divulgados nesta segunda-feira pelo IBGE.

Apesar do crescimento da área desmatada desde a Eco92, o levantamento do órgão de pesquisas mostra uma tendência de retração no tamanho da área desmatada nos últimos anos. Em 92, foram observados 13.786 novos km de desmatamento. O ritmo de devastação variou bastante, quase sempre de forma ascendente, até 2004, quando atingiu-se um pico de 27.772 km² deflorestados naquele ano. Desde então, a área desmatada a cada ano, com exceção de 2008, vem caindo. No ano passado, foram 6.238 km².

"Há uma clara tendência de queda, que pode estar ligada à criação de mais áreas de conservação", avaliou a coordenadora técnica e de planejamento da pesquisa, Denise Kronemberger.

Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

Fonte: Terra
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