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Sonda Rosetta pousará sobre região de fossas ativas em cometa

16 set 2016 - 14h32
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A missão Rosetta da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) terminará no dia 30 de setembro com seu pouso em uma região de fossas ativas na "cabeça" do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

A ESA informou hoje que "esta região fica no menor dos dois lóbulos do cometa, e abriga várias fossas ativas de mais de 100 metros de diâmetro e entre 50 e 60 metros de profundidade, nas quais se originam uma série de jatos de pó".

A sonda está desde o dia 9 de agosto traçando órbitas elípticas cada vez mais próximas do cometa e durante o último sobrevoo poderia ficar a um quilômetro da superfície, uma distância nunca antes atingida.

A manobra de pouso vai acontecer na noite do dia 29 de setembro, acrescentou a ESA.

A Rosetta fará uma lenta queda livre rumo ao cometa para maximizar o número de medições científicas que poderão ser feitas e enviar à Terra antes do impacto.

A ESA acrescentou que as paredes das fossas também mostram estruturas granulosas enigmáticas de um metro aproximadamente, denominadas "pele de galinha".

Os cientistas acreditam que poderiam indicar a existência de antigos cometesimais (fragmentos de cometas), que ao se fundirem nas primeiras fases de formação do Sistema Solar originaram o cometa.

No dia 30 de setembro, a Rosetta observará estas fascinantes estruturas mais perto do que nunca.

Rosetta se dirigirá para um ponto próximo de uma fossa bem definida, de 130 metros de largura, que a equipe da missão batizou de maneira informal como Deir el Medina, já que conta com uma estrutura de aparência similar ao antigo povoado egípcio de mesmo nome.

A sonda Rosetta realizou um longo percurso através do Sistema Solar, que começou no dia 2 de março de 2004, e cobriu 6,4 bilhões de quilômetros até chegar ao cometa, em agosto de 2014.

Recebeu o impulso gravitacional da Terra e de Marte porque não existe um foguete lançador capaz de enviar a sonda diretamente até o cometa.

Em novembro de 2014 o módulo Philae aterrissou sobre a superfície gelada do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, após separar-se da sonda mãe Rosetta.

"A fossa do cometa apresenta indícios sobre o desenrolar geológico da região", explicou a ESA.

"Embora a Rosetta esteja sobrevoando o cometa há dois anos, nosso maior desafio será mantê-la operacional sem problemas durante as últimas semanas da missão no entorno imprevisível deste cometa, e tão longe do Sol e da Terra", explicou o responsável de operações da sonda para a ESA, Sylvain Lodiot.

EFE   
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