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Nasa descobre asteroide que acompanhará a órbita da Terra por séculos

22 jun 2016 - 17h07
(atualizado às 17h14)
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A agência espacial americana, a Nasa, descobriu um pequeno asteroide que orbita o Sol ao mesmo tempo em que circunda a Terra. Ele deverá acompanhar a trajetória de nosso planeta por vários séculos.

Gravidade da Terra impede o asteroide de se afastar demais do nosso planeta
Gravidade da Terra impede o asteroide de se afastar demais do nosso planeta
Foto: NASA

Batizado como 2016 HO3, o asteroide dá voltas em torno da Terra enquanto percorre sua órbita ao redor do Sol, mas está distante demais para ser considerado um satélite, como a Lua.

"Como o 2016 HO3 circunda nosso planeta, mas nunca vai longe demais, já que ele e a Terra orbitam o Sol juntos, nos referimos a esse asteroide como um semissatélite", disse Paul Chodas, gerente do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra, da Nasa.

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Segundo o cientista, o asteroide 2003 YN107 seguiu um padrão de órbita similar há dez anos, mas acabou se afastando após algum tempo.

"Esse novo asteroide parece estar mais preso à Terra. Nossos cálculos indicam que ele tem se comportado como um semissatélite há quase um século e continuará a nos fazer companhia por vários séculos."

Dança espacial

O 2016 HO3 foi visualizado pela primeira vez em 27 de abril. Seu tamanho ainda não foi determinado, mas é provável que tenha entre 40 metros e 100 metros de comprimento.

Há um século, asteroide orbita o Sol enquanto também circunda a Terra
Há um século, asteroide orbita o Sol enquanto também circunda a Terra
Foto: NASA

Em sua órbita, o 2016 HO3 passa metade do tempo mais próximo do Sol do que a Terra e, na outra metade, fica posicionado mais distante.

Quando o asteroide e nosso planeta se afastam muito, forças gravitacionais o trazem para mais perto.

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"Quando ele começa a se distanciar demais, a gravidade da Terra é forte o suficiente para reverter esse processo e mantê-lo em sua órbita. Assim, ele nunca se afasta além de uma distância de mais ou menos cem vezes a distância da Lua em relação à Terra", afirma Chodas.

"O mesmo efeito o impede de chegar perto demais - ele chega no máximo até 38 vezes a distância da Lua. Assim, esse pequeno asteroide fica preso à Terra, como se estivesse fazendo uma dança com o nosso planeta."

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