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Missão espacial tripulada chinesa decola com sucesso

16 out 2016 - 22h53
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A missão espacial tripulada chinesa Shenzhou-11 foi lançada nesta segunda-feira com sucesso com dois astronautas a bordo para uma missão de um mês no laboratório espacial Tiangong-2.

O foguete decolou sem problemas do centro de lançamentos de Jiuquan (província de Gansu) com destino à órbita terrestre, onde em dois dias está previsto que se acople ao laboratório espacial.

Aos três minutos do lançamento, os quatro foguetes auxiliares se desprenderam com normalidade do corpo principal e aos dez minutos fez o mesmo o foguete da segunda fase.

E aos 13 minutos do lançamento, a abertura dos painéis solares da cápsula Shenzhou-11 marcou o início da entrada em órbita e o sucesso da manobra, segundo anunciou um responsável pela missão.

Uma câmera situada dentro da cápsula permitiu ver os dois astronautas, Jing Haipeng e Chen Dong, durante todo o lançamento e chegada à órbita terrestre.

"O Shenzhou-11 está em sua órbita determinada segundo o plano original. Portanto, a colocação em órbita da missão tripulada foi um sucesso", anunciou da base um oficial militar.

Esta é a sexta missão que o gigante asiático envia ao espaço com astronautas a bordo, após as cinco que foram lançadas entre 2003 e 2013, e será, se forem completados os planos, a mais longa.

Os dois tripulantes da nave permanecerão um total de 33 dias em órbita, frente aos 15 da missão anterior, a Shenzhou-10: dois para alcançar a órbita do laboratório, 30 dentro e um mais para retornar.

O veterano Jing, de 50 anos e em sua terceira viagem espacial após as completadas a bordo da Shenzhou-7 (2008) e Shenzhou-9 (2012), comanda a nave, com o estreante Chen, de 37 anos, como acompanhante.

A logística do lançamento foi similar às das decolagens das missões anteriores que a China tinha realizado com tripulação, embora tenha havido mudanças nos sistemas internos da nave e na preparação dos astronautas, pensando na maior duração de sua viagem, explicaram neste domingo os responsáveis pelo projeto.

Apesar de as últimas naves espaciais tripuladas do gigante asiático terem decolado com três astronautas, desta vez se preferiu reduzir a equipe de bordo para prolongar sua estadia.

O principal objetivo da Shenzhou-11 é verificar o correto funcionamento dos sistemas do laboratório Tiangong-2 e começar os preparativos para a futura estação espacial chinesa, que as autoridades acreditam que vai estar funcionando por volta de 2022.

Além disso, Jing e Chen realizarão experimentos científicos, entre eles alguns projetos em parceria com instituições acadêmicas estrangeiras e outros propostos por estudantes do ensino médio de Hong Kong, sobre medicina, física espacial e botânica, junto com observações espaciais e mecânicas.

Com o lançamento da 11ª nave da família Shenzhou - que em mandarim significa, literalmente, "barco divino" -, a China encerra um período de mais de três anos sem enviar astronautas ao espaço, após completar duas missões tripuladas consecutivas em 2012 e 2013.

EFE   
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