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ESA atribiu a "prováveis curto-circuitos" falhas em seu sistema de navegação

19 jan 2017 - 12h28
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A Agência Espacial Europeia (ESA) afirmou nesta quinta-feira que os erros registrados em alguns dos relógios de seu sistema de navegação Galileo podem ter sido causados por "prováveis curto-circuitos", que já estão sendo investigados.

Essa causa é atribuída às avarias de três dos relógios padrão de frequência atômica de rubídio (RAFS) e acredita-se que poderia ter sido ocasionada por "um procedimento de teste específico realizado em terra".

Os 18 satélites atualmente em órbita do sistema Galileo, considerado a versão europeia do GPS americano, levam quatro relógios cada um: dois RAFS e dois de maser passivo de hidrogênio (PHM), que são aproximadamente um bilhão de vezes mais precisos que um relógio digital de pulso.

Um dos maser serve como referência principal para a geração de sinais de navegação, enquanto o outro é utilizado como reserva, e os de rubídio servem de apoio em caso de falha, para que sempre haja algum relógio operando.

No total, foram afetados três RAFS e seis PHM. A ESA explicou nesta quinta-feira que, entre estes os PHM, dois dos erros se devem à "baixa margem de um parâmetro concreto", e os outros quatro ocorreram porque, quando permanecem desligados por muito tempo, os relógios não se reiniciam devido à mudança de suas características uma vez em órbita.

A agência admitiu que a marcação "ultraprecisa" da hora é "fundamental" para a navegação por satélite, mas afirmou que a previsão dos serviços iniciais do Galileo não foi afetada graças às reservas existentes.

A probabilidade de falha nos 33 relógios RAFS em órbita restantes "é menor graças aos diferentes procedimentos de teste em terra antes de seu lançamento" e a novas medidas operacionais. Já entre os PHM, a agência segue avaliando maneiras de reduzir "significativamente" o risco de erros.

"Está sendo estudado o impacto da remodelação dos relógios RAFS e PHM no calendário de lançamentos, mas a ESA confia que os problemas com os relógios serão resolvidos o mais rápido possível e reafirma seu compromisso de lançar os próximos quatro satélites do Galileo com capacidade plena de operações antes do fim do ano", disse a agência europeia.

Os primeiros satélites experimentais do sistema de navegação europeu foram enviados ao espaço em 2005 e em 2008.

O sistema completo, como destaca a ESA em seu site, será composto por 30 satélites (27 operacionais e três de reserva) distribuídos em três planos orbitais a 23.222 quilômetros de altitude.

EFE   
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