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China lança seu segundo laboratório espacial, o Tiangong-2

15 set 2016 - 13h04
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A China lançou nesta quinta-feira seu segundo laboratório espacial, o Tiangong-2, um passo crucial para que a país asiático estabeleça uma estação permanente ao redor da Terra por volta de 2022.

Como estava previsto, o Tiangong-2 (Palácio Celestial, em mandarim) foi lançado às 22h04 locais (11h04 de Brasília) desta quinta-feira do centro de lançamento de Jiuquan, no Deserto de Gobi, a cerca de 1.600 quilômetros de Pequim.

O Tiangong-2 foi lançado em um foguete Longa Marcha-2F, que começou a receber combustível na quarta-feira. Ao laboratório se acoplará uma nave espacial tripulada que a China espera lançar no próximo mês.

"O Tiangong-2 opera com normalidade". "A operação foi um autêntico sucesso", afirmaram em Jiuquan os responsáveis pelo lançamento, em imagens transmitidas ao vivo pela rede de televisão estatal "CCTV".

Após cerca de dez minutos, o Tiangong-2 entrou em órbita e desdobrou dois painéis solares de cada lado do módulo, para se estabelecer a cerca de 380 quilômetros de distância da Terra. No entanto, está previsto que o laboratório espacial se desloque e fique a uma distância máxima de 393 quilômetros do planeta, onde também ficará a futura estação espacial chinesa.

A agência meteorológica da China acompanhou o lançamento, já que um forte tufão castiga hoje o litoral chinês. No entanto, o norte do país experimentou uma noite clara, com leve brisa, poucas nuvens e temperatura adequada para o lançamento, assegurou Yin Jie, o diretor de meteorologia de Jiuquan.

O laboratório chegou ao centro de Jiuquan em julho, onde foram realizados os últimos preparativos para seu lançamento.

A ele se acoplará a nave tripulada Shenzhou-11, com dois astronautas a bordo, que deve ser lançada em meados de outubro.

Os dois astronautas escolhidos para a missão são homens e a China prevê que eles possam viver no espaço durante 30 dias - um recorde para o país -, realizando uma série de experimentos no Tiangong-2.

O laboratório servirá como uma "estação" experimental, examinando os sistemas de apoio necessários, as funções de manutenção e as capacidades de reabastecimento de combustível para assegurar a presença humana em longo prazo na futura estação.

Com a exploração espacial transformada em prioridade nacional, a China acumulará este ano um número recorde de missões espaciais, com um total de 20.

"Entramos em uma nova fase de aplicação e desenvolvimento", afirmou Wu Ping, subdiretor do departamento de engenharia do programa espacial, em declarações em Jiuquan divulgadas pela agência oficial "Xinhua".

EFE   
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