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Câmera da sonda Rosetta localiza módulo Philae em cometa após quase 2 anos

5 set 2016 - 16h11
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A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira que a sonda Rosetta conseguiu captar imagens em alta resolução do módulo Philae, perdido desde novembro de 2014, no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

As fotos de alta resolução captadas pela Rosetta revelam que o pequeno módulo está dentro de uma rachadura escura e mostram, como disse a ESA em comunicado, porque era tão difícil estabelecer comunicação com ele desde a aterrissagem no cometa.

O módulo Philae foi visto pela última vez depois de tocar a terra no cometa em um ponto batizado com o nome de Agilkia. No entanto, acabou se chocando e parou em uma região conhecida como Abydos, que fica a um quilômetro do primeiro lugar escolhido para pousar.

Depois de três dias, a bateria principal ficou sem energia por falta de contato com a luz solar, e o módulo entrou em hibernação, modo que deixou temporariamente para se comunicar com a Rosetta em junho e julho de 2015. No entanto, a localização exata do equipamento, segundo a ESA, não era conhecida até agora.

Os dados disponíveis determinaram as buscas em pequenas regiões dos cometas, mas o número de objetos identificados como potenciais candidatos a serem o módulo, em imagens de relativa baixa resolução e tiradas desde distâncias maiores, não puderam ser analisadas.

A foto tirada pela câmera Osiris da Rosetta na última sexta-feira tem uma resolução de perto de 5 centímetros por pixel, suficiente para mostrar os traços característicos do Philae.

O coordenador dos esforços de busca, Laurence O'Rourke, disse hoje estar entusiasmado com a imagem do módulo no ponto Abydos.

"Começávamos a pensar que o Philae permaneceria perdido para sempre. É incrível termos capturado essa imagem nos instantes finais", indicou o chefe da missão, Patrick Martin.

O descobrimento ocorre a menos de um mês do fim da missão Rosetta, marcada para o próximo dia 30 de setembro. Nesta data, a sonda realizará um pouso controlado sobre o cometa.

Segundo a ESA indicou em junho, a aterrissagem se justifica porque a energia solar que alimenta a sonda e seus instrumentos é cada vez menor à medida que ela se aproxima da órbita de Júpiter. Diminui também a transmissão de dados científicos à Terra.

Em vez de arriscar uma hibernação muito mais prolongada, da qual seria pouco provável que saísse, a equipe que comanda a missão decidiu que a Rosetta seguirá o módulo Philae em seu caminho para chegar ao cometa.

A missão Rosetta, a primeira projetada para orbitar e aterrissar em um cometa, foi iniciada há mais de uma década para estudar pela primeira vez a superfície deste tipo de astro.

EFE   
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