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Cientistas observam primeiros sinais de que a camada de ozônio se recupera

1 jul 2016 - 12h10
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Os cientistas observaram os primeiros sinais de que a camada de ozônio começa a se recuperar, segundo um estudo publicado no último número da revista "Science".

Uma equipe do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, por sua sigla em inglês) descobriu que o buraco da camada de ozônio teve uma redução de mais de quatro milhões de quilômetros quadrados desde o ano 2000, quando alcançou seu máximo.

Mais da metade dessa redução foi produto unicamente da diminuição do clorofluorcarbonetos (CFC).

Essa recuperação se desacelerou em algumas ocasiões devido a erupções vulcânicas mas, em geral, o buraco da camada de ozônio parece estar no caminho da recuperação, segundo os cientistas.

"Podemos estar seguros de que os passos que demos colocaram o planeta no caminho da recuperação", afirmou Susan Solomon, a autora principal do estudo e professora de Química Atmosférica e Ciência Climática no MIT.

À medida que os níveis de cloro vão se dissipando na atmosfera, Solomon não vê motivos pelos quais o buraco da camada de ozônio não seguirá encolhendo e, eventualmente, fechará de maneira permanente para meados do próximo século.

"A ciência ajudou a mostrar o caminho, os diplomatas, países e indústria foram incrivelmente capazes de traçar um caminho de saída para essas moléculas e agora estamos realmente vendo como o planeta começa a voltar a melhorar. É algo maravilhoso", celebrou.

Para realizar esta pesquisa, os cientistas analisaram cada registro do buraco da camada de ozônio do mês de setembro entre o ano 2000 e 2015.

"Acho que estivemos, eu incluída, demais focados em outubro, porque é o mês no qual o buraco da camada de ozônio é enorme", apontou Solomon.

"Mas outubro também está sujeito a variações como as leves mudanças na meteorologia. Setembro é um mês melhor para fazer as observações porque a química de cloro está firmemente no controle do ritmo ao qual o buraco é formado nessa época do ano", acrescentou.

EFE   
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