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Chega ao Brasil chimpanzé liberada de zoo por habeas corpus

5 abr 2017 - 17h33
(atualizado às 18h08)
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Cecilia, a primeira chimpanzé no mundo que usou um habeas corpus para conseguir sua libertação de um zoológico, chegou nesta quarta-feira ao Brasil, onde começará uma nova vida em um santuário natural no estado de São Paulo.

Cecilia saiu de Mendoza (Argentina) e desembarcou no aeroporto de Guarulhos, na capital paulista, para cumprir a primeira decisão judicial no mundo por um habeas corpus apresentado em favor de uma primata sob "privação ilegítima da liberdade".

A chimpanzé, de 19 anos, será transferida nas próximas horas para o santuário de Sorocaba, cidade que se transformou em refúgio para grandes primatas que sofreram "traumas" em zoológicos e circos.

Cecilia chegou a Guarulhos "bem" e em breve começará o processo de quarentena, segundo confirmaram à Agência Efe fontes do Projeto de Proteção aos Grandes Primatas (GAP), um movimento internacional que luta pelo direito à vida, à liberdade e a "não tortura" dos chimpanzés, gorilas, orangotangos e bonobos.

Cecilia saiu de Mendoza (Argentina) e desembarcou no aeroporto de Guarulhos, na capital paulista, para cumprir a primeira decisão judicial no mundo por um habeas corpus apresentado em favor de uma primata sob "privação ilegítima da liberdade".
Cecilia saiu de Mendoza (Argentina) e desembarcou no aeroporto de Guarulhos, na capital paulista, para cumprir a primeira decisão judicial no mundo por um habeas corpus apresentado em favor de uma primata sob "privação ilegítima da liberdade".
Foto: Divulgação

Uma vez superada a quarentena, Cecilia poderá começar o processo de integração com outros primatas deste santuário, de 500 mil metros quadrados, propriedade do médico cubano Pedro Ynterian, de 77 anos.

"Depois tentaremos juntá-la com algum macho", disse à Efe Ynterian.

No santuário de Sorocaba, os chimpanzés vivem em uma espécie de fortaleza construída com muros de cimento, dividida em diferentes compartimentos nos quais habitam os exemplares do mesmo grupo.

No seu interior há um gramado, mas não árvores, já que, segundo Ynterian, os galhos eram utilizados pelos animais como ferramentas para pular os muros.

A ideia do santuário surgiu há duas décadas de maneira informal e se concretizou no ano de 2000, quando o cubano decidiu se associar ao GAP, que recentemente lançou uma campanha para que os grandes símios - em risco de extinção - sejam Patrimônio Vivo da Humanidade.

Além de 50 chimpanzés, no santuário convivem outros tipos de macacos, aves, leões e ursos "resgatados" pelas autoridades regionais de circos e zoológicos, assim como de redes de tráfico de animais.

EFE   
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