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Camada de gelo nos polos tem menor nível já registrado em janeiro, diz OMM

17 fev 2017 - 12h01
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A extensão da camada de gelo tanto no Ártico como na Antártica foi em janeiro a mais reduzida em 38 anos, desde que começaram a ser feitos os registros de imagens de satélite, disse nesta sexta-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM), baseando-se em fontes científicas dos Estados Unidos e Alemanha.

No Ártico, a superfície total da camada de gelo no mês passado foi de 13,38 milhões de quilômetros quadrados, o que representa 260 mil quilômetros quadrados menos que em janeiro de 2016, que por sua vez foi o mês de janeiro com a menor extensão calculada até então.

A modo de comparação, os 260 mil quilômetros quadrados perdidos no último ano correspondem a um território maior que o do Reino Unido.

A OMM indicou que se for feita uma comparação a mais longo prazo, o mar de gelo no Ártico perdeu 1,26 milhão de quilômetros quadrados com relação à média que tinha entre janeiro de 1981 e janeiro de 2010.

"O inverno é o período de recuperação habitual do gelo do mar no Ártico e é quando ganha em volume e em extensão, mas a recuperação neste inverno foi frágil e inclusive, em alguns dias de janeiro, a temperatura esteve acima do ponto de degelo", comentou o diretor do Programa de Pesquisa Climática Mundial da OMM, David Carlson, em entrevista coletiva.

As altas temperaturas no Ártico persistiram na primeira parte de fevereiro, indicou a OMM.

O cientista disse que esta situação deve ser considerada "muito alarmante" e antecipou que isto terá consequências graves para o Ártico no verão, com efeitos no sistema climático mundial porque "o que ocorre nos polos, não fica lá".

Também no Antártico a extensão da camada de gelo foi a menor registrada para um mês de janeiro, o que se deve a mudanças nos padrões de ventos, que normalmente espalham o gelo.

EFE   
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