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Descobertos na Espanha restos de atividade humana de há 1,4 milhão de anos

16 set 2016 - 13h37
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A última fase de trabalho nos sítios arqueológicos de Orce, comandada pela Universidade de Granada (Espanha), encontrou indícios de atividades humanas com 1,4 milhão de anos de antiguidade.

Um grupo de cientistas da Universidade de Granada dirigidos pelo professor Juan Manuel Jiménez encontrou nas jazidas de Orce, que acolhem os restos de ocupação humana mais antigos da Europa ocidental, novas evidências de atividade humana datadas de 1,4 milhão de anos.

A equipe encontrou cerca de mil registros nesta campanha, que agora deverão analisar, e estabeleceu uma associação espacial de indústria lítica, blocos de caliça e restos de fauna no sítio denominado Barranco León.

Entre estes registros, destacam-se restos relacionados com o corte da pedra e a separação dos corpos e fratura dos ossos dos animais que habitaram nas margens do grande lago que dominou e condicionou a vida no norte da província de Granada.

Além disso, os pesquisadores conseguiram estabelecer uma associação espacial de indústria lítica, blocos de caliça e restos de fauna localizados que oferecerão novos dados sobre o sítio.

Os pesquisadores desenvolveram os trabalhos de campo entre 22 de agosto e 10 de setembro dentro de um programa da secretaria de Cultura da Junta da Andaluzia.

Os cientistas fizeram fotos para reconstruir em três dimensões a superfície escavada com os materiais antes de serem extraídos e o entorno geográfico.

A equipe vai agora para a fase de laboratório a análise da funcionalidade de cada um dos elementos para avançar no comportamento do conjunto da fauna da região, no qual se constatou a presença de mamutes, hipopótamos, rinocerontes, cavalos, bovinos, cervídeos, tigres dentes de sabre e humanos, entre outros.

Nesta última fase aconteceram também três dias de portas abertas para explicar para mais de cem pessoas os trabalhos de campo na bacia de Guadix-Baza.

A área arqueológica da Cuenca de Orce, onde se localiza a jazida de Barranco León, foi declarada Bem de Interesse Cultural no ano de 2012 e nela se localizam uma série de jazidas fundamentais para o conhecimento das primeiras ocupações humanas do continente europeu.

EFE   
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