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Cientistas encontram fósseis inéditos de 500 milhões de anos na Argentina

4 jan 2017 - 22h59
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Cientistas do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina (Conicet) descobriram em uma cidade da província de Buenos Aires restos fósseis dos quais asseguram que não havia registro na América do Sul até o momento.

"São uma impressão de organismos brandos macrofósseis sobre rochas aos quais denominamos biotas, há centenas delas. O importante do achado é que não havia registro de nenhum na América do Sul", explicou à Agência Efe uma das cientistas que participou do estudo, María Julia Arrouy.

Os rastros macrofósseis foram achados em uma pedreira localizada na cidade de Olavarría, a cerca de 350 quilômetros de Buenos Aires, e pertencem a um organismo vivo ainda desconhecido do qual não podem assegurar sua origem, mas suspeitam que pode tratar-se de plantas ou animais.

A pesquisa começou "há anos", segundo Arrouy, e o estudo foi divulgado durante o último mês de agosto, quando despertou o interesse da comunidade científica, que permitiu que se datasse as impressões "entre 541 milhões e 560 milhões de anos".

Por este motivo, pode tratar-se de uma das formas de fauna mais antigas achadas até o momento, já que, pelo tempo no qual as localizam, pertencem ao período Cambriano (que começou há 542 milhões de anos) e não se conhece nada anterior em todo o continente.

No entanto, o achado está ainda "por se concretizar" para a especialista, motivo pelo qual seguirão adiante com os estudos na região.

"O rastro destes organismos nos ajuda a estudar fatores como o modo no qual estavam configurados os continentes na antiguidade", destacou Arrouy.

Segundo a geóloga, haviam sido encontradas outras impressões de fósseis com estas características em países como Namíbia, Reino Unido, Canadá, Austrália, Rússia e China, mas é a primeira vez que aparece o rastro de um organismo como este no continente sul-americano.

A equipe, formada por pesquisadores do Centro de Pesquisas Geológicas (CIG), um ente que depende do Conicet e da Universidade de La Plata, trabalhou junto com uma empresa extratora e com cientistas de São Paulo.

EFE   
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