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Trânsito

Protestos bloqueiam algumas das principais rodovias de MG

24 jun 2013 - 13h40
(atualizado às 13h46)
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Manifestantes bloquearam algumas das principais rodovias de Minas Gerais na manhã desta segunda-feira. Os protestos visam melhorias no transporte coletivo, redução da tarifa das passagens de ônibus, construção de passarelas, além de registrarem críticas aos gastos na Copa das Confederações.

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas

Manifestações tomam as ruas do País; veja fotos

Os atos entram para a lista extensa de protestos que tomam conta do país nos últimos dias. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual de Minas Gerais, cerca de 500 pessoas bloqueiam a rodovia MG-05, nos dois sentidos, na altura do km 63, em Mateus Leme, Região Metropolitana de Belo Horizonte (BH).

A Polícia Militar informa que Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte, também é palco de um protesto nesta manhã. Cerca de 50 pessoas fecharam um trecho da avenida Brasília. Segundo os policiais, o clima é pacífico.

Os protestos também provocaram bloqueio de pista em Contagem. Moradores do bairro Darcy Ribeiro interditaram a via LMG-808, que liga Esmeraldas a Nova Contagem, nos dois sentidos às 7h30. Segundo informações da PM, os cerca de 400 manifestantes impediram a passagem de veículos e o trânsito só foi liberado às 12h. O protesto foi pacífico e sem registro de incidentes.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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