Em meio a depredações, MP tenta garantir circulação de ônibus em SP
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) exigiu a manutenção da operação do transporte público na cidade, que vem sendo prejudicada em função dos ônibus depredados e incendiados neste mês. Coletivos das linhas que atendem regiões periféricas, onde ocorreram os ataques, não têm chegado até o ponto final ou estão completamente fora de operação em razão do medo de novos ataques.
Ontem à noite, cinco linhas da zona sul não funcionaram ou saíram de circulação, afetando moradores de áreas como Jardim Jacira e Jardim Horizonte Azul, distantes cerca de 30 quilômetros do centro da capital. De acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans), foram prejudicados aproximadamente 120 mil passageiros. O medo tomou conta de motoristas e cobradores na quarta-feira, após manifestantes atearem fogo em um ônibus que passava pela Estrada do M’Boi Mirim, que dá acesso ao extremo sul, por volta das 12h. O grupo, que protestava pela morte de um homem, interditou a via e gritou palavras de ordem como "justiça". Esse foi o 33º coletivo incendiado somente em janeiro - o que corresponde a mais de um por dia.
Segundo o MP-SP, foram enviadas notificações da Promotoria da Cidadania, para saber quais providências estão sendo tomadas pela SPTrans, pelas concessionárias e permissionárias do transporte coletivo e pela coordenadoria da Polícia Militar. As medidas devem ser apresentadas em uma audiência marcada para o dia 3 de fevereiro.
O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, adiantou que haverá reforço no policiamento dos ônibus, com apoio da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar e do 2° Batalhão de Choque.
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Agência Brasil
