PUBLICIDADE

Trânsito

Ciclista que teve braço amputado é operado e passa bem

David Santos Souza foi atropelado na madrugada na Paulista e perdeu um braço

10 mar 2013 - 19h50
(atualizado às 19h51)
Compartilhar
Exibir comentários
Mãe mostra carteira de identidade de David Santos Souza, ciclista de 21 anos que perdeu o braço ao ser atropelado na avenida Paulista
Mãe mostra carteira de identidade de David Santos Souza, ciclista de 21 anos que perdeu o braço ao ser atropelado na avenida Paulista
Foto: Daniel Fernandes / Terra

O limpador de vidros David Santos Souza, 21 anos, atropelado enquanto pedalava na madrugada deste domingo na avenida Paulista, em São Paulo, foi operado na tarde de hoje no Hospital das Clínicas e passa bem. Ele foi atingido pelo estudante de psicologia Alex Siwek, 22 anos, e perdeu um dos braços. O suspeito confessou ter se livrado do membro do ciclista - amputado em razão da colisão -, aparentava embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro.

A Polícia Civil de São Paulo confirmou hoje que Siwek será autuado por quatro crimes: tentativa de homicídio com dolo eventual, fuga do local do acidente, embriaguez ao volante e tentativa de fraude processual (por ter descartado o braço da vítima). Segundo o delegado Luiz Francisco Cegantin, no momento do acidente a ciclofaixa da Paulista não estava montada oficialmente, mas já tinha sinalização.

Além disso, Cegantin informou que o estudante ficava entrando e saindo da faixa reservada às bicicletas, como se estivesse brincando. Ele permanecerá detido e será encaminhado para a 2ª DP. O fato dele ter se apresentado à polícia voluntariamente não trará nenhum benefício a Alex, ressaltou o delegado ouvido pelo Terra. Testemunhas ouvidas relataram ainda que o condutor dirigia em alta velocidade, cortava o trânsito em um Honda Fit prata e havia ingerido bebidas alcoólicas, o que foi confirmado pelo carona do veículo, em depoimento à polícia. O suspeito fez exames clínicos, mas negou-se a fazer o teste do bafômetro. 

De acordo com o subtenente Jaime de Souza Melo, um dos responsáveis pela ocorrência, Siwek estava transtornado ao chegar a um posto policial do bairro Saúde, onde confessou, cerca de uma hora depois do atropelamento, o que havia ocorrido. “Me prende, eu atropelei uma pessoa”, dizia ele aos policiais, segundo o oficial. Ele se dispôs a fazer o trajeto que percorrera com os policiais, com o objetivo de procurar o braço do ciclista, mas acabou confessando ter jogado o membro da vítima no rio da avenida Ricardo Jafet.

O motorista contou aos policiais que, após o atropelamento, deixou um amigo que estava com ele em casa, jogou o braço no rio, foi para casa e só depois se dirigiu à polícia. A polícia ainda tem dúvidas se o braço foi parar dentro do carro. O estudante afirma que a parte amputada do corpo do ciclista caiu acidentalmente dentro do carro. A defesa do estudante alega que ele não prestou socorro à vítima com medo de ser agredido.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade