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Política

Temer considera sua estreia no G20 "produtiva"

4 set 2016 - 17h57
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O presidente do Brasil, Michel Temer, estreou neste domingo na cúpula do G20 de Hangzhou (China) como chefe de Estado definitivo após a conclusão do processo de impeachment de Dilma Rousseff e qualificou a reunião de "encontro produtivo", apesar das críticas vindas de fora da China.

Na cidade de Hangzhou, os colegas de Temer evitaram avaliar a espinhosa situação política do Brasil, mas ontem, seu anfitrião, o presidente da China Xi Jinping, o parabenizou pela "fantástica e bem-sucedida" realização dos Jogos Olímpicos e por sua estreia como líder de seu país em uma cúpula do G20.

"Foi muito produtivo o encontro, sob todos os ângulos", disse hoje Temer à imprensa sobre a cúpula, sobretudo, "sob um ângulo do reconhecimento, das homenagens ao Brasil", comentou.

"Enquanto eu estava lá na sala, conversando (com alguém), as homenagens ao Brasil são muitas", disse Temer sobre seus encontros informais de hoje na abertura da cúpula, nos quais trocou palavras com Mariano Rajoy (Espanha), Matteo Renzi (Itália) e Shinzo Abe (Japão), com que se reunirá amanhã.

O Brasil já tem "boa presença internacional, que foi mais uma vez consolidada nos encontros" da cúpula, disse o presidente, cujo Executivo vem reiterando há meses sua convicção de que esta reunião do G20 refletiria que o fato de ele estar ocupando agora o poder em Brasília representa o retorno da estabilidade e da credibilidade ao país.

Seu governo, apesar de ter sido recebido com diplomacia por seus pares no G20 e no grupo dos Brics, que também se reuniu esta manhã em Hangzhou, também recebeu críticas, inclusive, do Vaticano.

O papa Francisco pediu ontem aos católicos que rezassem para que Deus ajude "o Brasil e todo o povo brasileiro, neste momento triste", durante um evento nos jardins do Vaticano.

Temer, que evitou contradizer diretamente o papa, disse, com ironia, que o papa nunca se equivoca, e opinou que, embora falasse de um "momento triste", em sua opinião, quando o resultado de suas políticas estiver aparente, "a alegria se formará pouco a pouco".

"Eu declarei: 'vamos pacificar o país' e eu acredito que isso é o que o papa está pedindo" com suas declarações, afirmou Temer.

Além disso, o ministro das Relações Exteriores José Serra criticou em declarações aos jornalistas o fato de todos os participantes no G20 falarem de sua intenção de lutar contra o protecionismo e fomentar o livre mercado, mas que nem todos se caracterizam por praticar o que pregam.

Já Temer confirmou que a vocação aberturista e privatizadora de seu Executivo segue em seus planos, apesar deste assunto ter sido menos abordado nos últimos dias, enquanto Serra negou que o Brasil tem uma economia fechada e com tendências protecionistas.

"Não sou contrário que abramos mais a economia, sou a favor da reciprocidade", explicou, pois, segundo ele, o "comércio tem que ser isso. Liberalização sim, sempre que seja recíproca".

EFE   
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