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Política

Prefeito de Quito se reunirá com Almagro para denunciar perseguição política

12 jan 2017 - 16h26
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O prefeito de Quito, Mauricio Rodas, se reunirá na sexta-feira com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, em Washington, para denunciar uma suposta "perseguição política".

"Denunciarei os graves fatos de perseguição política que estão ocorrendo no Equador com o município de Quito, essa cortina de fumaça, esse elemento de distração que está sendo construindo pelo governo federal e que contamina o processo eleitoral", disse o prefeito em entrevista à "Rádio Democracia".

Na última terça-feira, Rodas disse que denunciará à OEA o que considera uma "perseguição política" em um caso que investiga os pagamentos de subornos cometidos pela Odebrecht, que faz parte de um consórcio que constrói o metrô de Quito.

O prefeito disse que pedirá ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que divulgue, da forma mais rápida possível, as informações completas sobre práticas irregulares da empreiteira brasileira no país.

No dia 21 de dezembro, o Departamento de Justiça anunciou um acordo com a Odebrecht, que pagou US$ 788 milhões devido ao pagamento de propinas em 12 países da América Latina e da África.

O relatório indica que no Equador, entre 2007 e 2016, a Odebrecht fez pagamentos de US$ 35,5 milhões a "funcionários do governo".

Um dia depois da divulgação dos documentos, o secretário da presidência do Equador, Alexis Meras, afirmou que o governo não vai proteger nem encobrir responsáveis por corrupção. "Não nos importa quem vai cair", garantiu.

Rodas disse que não existe menção ao município de Quito no relatório e lamentou o fato de o governo federal ter tentado "distrair a atenção e gerar suspeitas sobre a prefeitura" usando o caso de um homem identificado como Mauro T.

"É uma maliciosa configuração que se configura, claramente, em uma perseguição política, em uma cortina de fumaça, um elemento de distração contra o atual período eleitoral", disse o prefeito, citando o pleito que será realizado no dia 19 de fevereiro.

Na última segunda-feira, após a prisão de Mauro T., o presidente do Equador, Rafael Correa, divulgou mensagens nas redes sociais que sugeriam que o funcionário tinha ligação com o governo de Quito e que ele teria recebido quantias milionárias em datas que coincidiam com a contratação do consórcio que constrói o metrô da cidade.

Rodas afirmou que Mauro T. não é funcionário da prefeitura de Quito e se mostrou surpreso de o governo tratar um processo judicial particular como se fosse ligado ao metrô.

O procurador-geral do Equador, Galo Chiriboga, disse hoje que Mauro T. é investigado por fraude tributária e não tem relação com as investigações sobre a Odebrecht no país.

EFE   
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