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Política

Pesquisa indica forte queda da popularidade do governo Temer

11 dez 2016 - 17h08
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Mais da metade dos brasileiros (51%) considera ruim ou péssima a gestão do presidente Michel Temer, segundo uma pesquisa divulgada neste domingo, que destaca também uma queda na confiança econômica do país.

A pesquisa, elaborada pelo Datafolha, mostra que a popularidade de Temer caiu notavelmente em comparação com julho, quando aqueles que reprovavam sua gestão representavam 31% da população.

De zero a dez, os consultados pela pesquisa dão uma nota média ao desempenho do governo de Temer de 3,6 pontos.

Para 40% a gestão do atual presidente é pior que a de Dilma Rousseff, que foi destituída de seu cargo no último dia 31 de agosto pelo Senado.

Além disso, 63% se mostra favorável a uma renúncia do presidente antes que termine o ano para que sejam realizadas eleições diretas, enquanto 27 % dos entrevistados disse o contrário.

A porcentagem que prefere eleições antecipadas é parecida à divulgada na pesquisa de julho (62%), quando Dilma estava afastada de seu cargo e Temer ocupava a presidência de maneira interina desde 12 de maio.

A população considera Temer um presidente defensor dos setores mais ricos (75%), falso (65%) e muito inteligente (63%), enquanto o 58% o vê como desonesto, segundo o Datafolha.

No entanto, 34% considera regular a gestão de seu Executivo, enquanto só 10% se mostra satisfeito com o líder do PMDB.

A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 8 de dezembro, antes da revelação da delação premiada de um executivo de Odebrecht que cita Temer e boa parte da cúpula do Legislativo de ter recebido repasses ilegais da empresa.

Segundo o testemunho do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Temer pediu ao empresário Marcelo Odebrecht R$ 10 milhões para as campanhas do PMDB em 2014.

Por outro lado, a confiança na economia do país também piorou, pois dois terços dos consultados esperam um aumento da inflação, proporção parecida aos que esperam uma alta nos números de desemprego (67%).

Além disso, 41% acredita que a situação econômica vai piorar no futuro, enquanto 28% aposta em uma melhora e 27% pensa que tudo seguirá igual.

O Brasil terminou 2015 com uma contração econômica de 3,8%, seu pior resultado em 25 anos, e segundo as previsões se contrairá 3,4% este ano, encadeando dois anos de crescimento negativo pela primeira vez desde a década de 1930.

Em relação ao emprego, o país fechou o trimestre compreendido entre agosto e outubro com 12 milhões de desempregados e uma taxa de desemprego recorde de 11,8%.

A pesquisa foi realizada com 2.828 entrevistas com pessoas de 16 anos ou mais em 174 municípios e, o segundo Datafolha, tem uma margem de erro de dois pontos.

EFE   
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