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Política

Manifestações contra corrupção têm baixa adesão

26 mar 2017 - 17h10
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Os protestos a favor da Lava Jato convocados para este domingo por movimentos não partidários, e que no ano passado mobilizaram milhões de brasileiros contra a ex-presidente Dilma Rousseff, tiveram adesão muito inferior à esperada por seus organizadores.

Considerando as realizadas pela manhã - algumas acontecem na parte da tarde -, as manifestações atraíram poucas pessoas e foram rapidamente desfeitas. As com mais público, conforme os números da Polícia Militar, foram as do Rio de Janeiro, em onde cerca de 600 pessoas se reuniram na orla de Copacabana, e de Brasília, que atraiu, aproximadamente, 500 pessoas na frente do Congresso. Também foram registradas manifestações com pelo menos 400 pessoas em cidades como Belo Horizonte, Juiz de Fora, Belém e Salvador.

Os manifestantes protestaram contra a crescente corrupção em pelo menos 20 cidades, mas algumas passeatas convocadas em 127 municípios não atraíram nem 30 participantes. A maioria dos manifestantes usava as cores verde e amarela e carregava cartazes defendendo a Lava Jato.

A baixa adesão contrastou com as incontáveis reivindicações. Além de defender a luta contra a corrupção e pedir o fim do foro privilegiado que protege políticos investigados, alguns grupos aproveitaram o momento para manifestar seus próprios desejos. Alguns pediam o retorno dos militares ao poder, outros a suspensão do estatuto do desarmamento e alguns criticaram a reforma da previdência.

No Rio de Janeiro, em onde os manifestantes se juntaram indistintamente ao redor de três caminhões equipado com alto-falantes, um grupo de defensores da monarquia pedia do alto de um deles a mudança de sistema político no Brasil. Outros, por sua vez, pediam a renúncia do atual presidente, Michel Temer, também envolvido em denúncias de corrupção.

Já em Brasília, o público marchou com 12 caixões com as fotos de políticos acusados de corrupção.

As manifestações foram convocadas pelos grupos Vem para Rua e Movimento Brasil Livre, que utilizam as redes sociais como ferramenta de mobilização. Os dois movimentos foram os mais ativos entre os que, em diferentes jornadas de protestos em 2015 e 2016, mobilizaram milhões de brasileiros contra a ex-presidente Dilma, que sofreu um impeachment em agosto do ano passado.

EFE   
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