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Política

Maia vence por 115 votos e é novo presidente da Câmara

14 jul 2016 - 00h47
(atualizado às 00h57)
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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito na madrugada desta terça-feira o novo presidente da Câmara dos Deputados para o mandato “tampão” até fevereiro do ano que vem. Maia venceu no segundo turno da disputa o candidato Rogério Rosso (PSD-DF) por 285 votos contra 170 e agora vai comandar um orçamento de R$ 4,9 bilhões anuais.

Além disso, Maia tornou-se o segundo na linha sucessória da Presidência da República, caso seja confirmado o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, e terá a exposição natural de presidente da Câmara dos Deputados.

Os dois candidatos disputaram o desempate após um primeiro turno equilibrado entre os 13 candidatos que chegaram ao final da corrida. Maia teve 120 votos, contra 106 de Rosso, 70 de Marcelo Castro (PMDB-PI), 59 de Giacobo (PR-PR) e 36 de Esperidião Amin (PP-SC).

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O resultado agrada ao Palácio do Planalto que atuou durante todo o dia de ontem para desidratar a candidatura de Castro, que foi escolhido pela bancada peemedebista para disputar a eleição. Ex-ministro de Dilma Rousseff e voto contra o impeachment, o deputado do Piauí tinha a simpatia da oposição.

Apesar do alto número de candidatos, entre os inscritos e os que desistiram na última hora, existiam duas linhas básicas: aqueles próximos ao “centrão” e ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e os deputados que queriam evitar que o peemedebista continuasse no controle.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O maior expoente do alinhamento com Cunha era Rosso. Durante o fim de semana, houve pressão para que ele desistisse de concorrer à presidência. O receio de membros do centrão era que sua identificação com o ex-presidente atrapalhasse a conquista de votos em outras bancadas, em especial na oposição.

Essa barreira, na visão de apoiadores de Rosso, poderia causar problemas na disputa de segundo turno. Desta forma, Rodrigo Maia, que chegou a conversar com PT e PCdoB, ganhou terreno entre os colegas na tarde de ontem justamente pela capacidade de conversar com diferentes ideologias e projetos políticos.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Planalto

O Palácio do Planalto entrou de cabeça na disputa. Os principais ministros do presidente em exercício da República, Michel Temer, tinham seus candidatos favoritos. Já Temer não queria que Marcelo Castro (PMDB-PI), identificado com a oposição, participasse da eleição.

Para o governo, o ideal, dizem deputados, é que a Câmara não tenha um presidente associado ao centrão. Apesar de existir uma boa relação com Rosso, a preferência seria por um membro da base aliada sem vinculação com o grupo. Assim, poderia resistir às demandas destes partidos.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Reuniões

Nos corredores, jovens e partidários com camisetas de alguns dos candidatos entregavam panfletos a deputados e servidores. Ao mesmo tempo, os principais nomes na eleição entravam e saíam de reuniões com líderes e parlamentares de todas as bancadas.

Pela manhã, a disputa pelo mandato tampão de quase sete meses chegou a ter 17 deputados inscritos. Destes, oito eram do “centrão”, grupo formado por 12 partidos responsável por eleger Eduardo Cunha presidente no ano passado e que faz parte da base governista.   

No caminho, três desistiram. Maria do Rosário (PT-RS) deixou a corrida por pressão partidária. O PT deve se dividiria entre Marcelo Castro e Luiza Erundina (PSOL-SP). Já Mansur e Fausto Pinato (PP-SP) abandonaram para apoiar Rosso. 

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fonte: Especial para Terra
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