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Lava Jato

Entenda os argumentos de Moro para prender Cunha

19 out 2016 - 14h29
(atualizado às 15h45)
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O ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso em Brasília nesta quarta-feira, segundo confirmou a Polícia Federal à BBC Brasil.

Um dos homens mais poderosos do país até pouco tempo atrás - e um dos protagonistas do processo que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff -, Cunha é acusado pela Operação Lava Jato de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, o Ministério Público Federal pediu a prisão sob o argumento de que o peemedebista poderia atrapalhar o andamento dos processos contra ele, além de fugir do país, por causa dos discursos que ele teria no exterior.

De acordo com as denúncias, ele teria recebido R$ 5 milhões de propina em contas na Suíça com recursos obtidos a partir de contratos de exploração de petróleo da Petrobras na África. Cunha nega as acusações.

A prisão foi autorizada na terça-feira pelo juiz federal Sérgio Moro, que assumiu o caso do ex-deputado após ele ter o mandado cassado em 13 de setembro passado, o que fez com que ele perdesse o foro privilegiado conferido a parlamentares.

Com isso, o processo deixou a alçada do Supremo Tribunal Federal e foi para a 1ª instância, na Justiça Federal do Paraná. Por ser preventiva, a prisão tem prazo indeterminado. Cunha deverá ser conduzido pela PF à Curitiba.

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