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Impeachment

Após manhã tensa, senadores ouvem testemunhas de defesa

26 ago 2016 - 14h19
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Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, testemunha de defesa no processo de impeachment de Dilma Rousseff
Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, testemunha de defesa no processo de impeachment de Dilma Rousseff
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Ao retomar a sessão para ouvir as testemunhas de defesa no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deferiu o pedido do advogado de defesa, José Eduardo Cardozo, para que o economista Luiz Gonzaga Belluzzo deixe de ser ouvido como testemunha da defesa e passe a ser apenas informante.

Cardozo explicou que a medida é por cautela para evitar embates. "O que me interessa mais são os fatos, a defesa requer a transformação da condição do depoente em informante apenas para evitar debates. Me interessa a palavra do professor Belluzzo que tem honorabilidade profissional e história de vida que obviamente lhe dispensa que qualquer apresentação ou condicionamento para que se saiba que o que diz é verdade", justificou.

Em resposta a outra questão de ordem apresentada ainda de manhã pela defesa, o presidente do STF indeferiu o pedido de requalificar a testemunha de acusação, Antônio Costa D'Ávila, ouvido ontem (25), de testemunha para informante. O magistrado considerou a questão de ordem "intempestiva". A defesa argumentava que o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) admitiu ontem ter auxiliado o procurador Júlio Marcelo a redigir a peça de acusação contra a presidenta Dilma Rousseff.

Alterações

Hoje diante de uma polêmica, a defesa já havia desistido de chamar a testemunha Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento. O presidente do STF também acatou o pedido do advogado de Dilma para que o professor de direito financeiro da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Ricardo Lodi Ribeiro, última testemunha a ser ouvida, seja requalificado como informante "por ter atuado como assistente de perícia".

Perguntas

Conforme já havia sido acordado durante o intervalo da sessão para o almoço, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) anunciou que os partidos favoráveis ao impeachment decidiram retirar todas as inscrições para fazer perguntas às testemunhas indicadas pela defesa. A palavra só será pedida por esses parlamentares em casos extremos. A decisão faz parte da estratégia dos apoiadores do governo do presidente interino Michel Temer de dar mais celeridade ao julgamento.

Manhã

Pela manhã, a sessão foi aberta às 9h44 e marcada por muito bate-boca entre os senadores em torno de questões de ordem.

Agência Brasil Agência Brasil
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