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Política

Ex-presidente Uribe defende seu governo de acusações em caso Odebrecht

15 jan 2017 - 20h42
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O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe defendeu neste domingo seu governo de envolvimento no escândalo da Odebrecht após o ex-vice-ministro de Transporte Gabriel García Morales ter sido formalmente acusado de receber propina da construtora brasileira.

Em carta enviada ao diretor do jornal "El Espectador", Fidel Cano, e que também publicou no Twitter, Uribe disse que García Morales, acusado de celebração indevida de contratos e enriquecimento ilícito, traiu sua confiança.

"García Morales traiu a confiança de meu governo, do ministro Andrés Uriel Galego, de todos aqueles que conheciam suas virtudes profissionais e acadêmicas, e da minha pessoa. Em minha longa vida pública, geri os recursos do Estado com transparência e austeridade", disse o ex-presidente na carta.

O texto, explicou Uribe, foi escrito em resposta ao editorial de hoje do "El Espectador", com o título "O veneno da corrupção" e que cita o problema com a Odebrecht durante o governo do ex-presidente.

Segundo documentos divulgados em dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou US$ 788 milhões em propinas em 12 países da América Latina e da África.

Na última quinta-feira, García Morales foi preso acusado de ter recebido um pagamento de US$ 6,5 milhões para que a Odebrecht vencesse a licitação do trecho dois da Rota do Sol.

Na carta, Uribe reitera que confia que a Procuradoria-Geral irá encontrar todos os que foram subornados nos diferentes contratos com a Odebrecht. Além disso, disse querer saber o nome dos congressistas que envolveram dinheiro e se as campanhas do presidente do país, Juan Manuel Santos, tiveram financiamento da empresa.

A Procuradoria-Geral da Colômbia já identificou um segundo envolvido no escândalo. Segundo o órgão, o ex-congressista Otto Nicolás Bula Bula, preso ontem, recebeu US$ 4,6 milhões para auxiliar a Odebrecht em outra licitação na Rota do Sol.

EFE   
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