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Política

Ex-presidente Lula critica o PT em entrevista a jornal espanhol

21 out 2013 - 08h44
(atualizado às 08h57)
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista publicada no domingo no jornal El País que, com o crescimento do PT e com sua chegada ao poder foram aparecendo "defeitos" no partido, como a valorização demasiada do parlamento e de cargos públicos. Mesmo assim, Lula disse que dirigentes do PT foram previamente condenados, por meios de comunicação, no julgamento do mensalão, inclusive, segundo ele, “à prisão perpétua” e lembrou como o partido funcionava no passado. "Eu queria dizer que as pessoas tendem a esquecer os tempos difíceis em que achavam bonito carregar pedra. A gente acreditava, era maravilhoso. Um grupo mais ideológico, as pessoas trabalhavam de graça, de manhã, à tarde e à noite. Agora você vai fazer uma campanha e todo mundo quer cobrar. Não quero voltar às origens, mas gostaria que não esquecêssemos para que fomos criados (o PT). Por que queríamos chegar ao governo? Não para fazer como os outros, mas para agir de maneira diferente", disse. 

O ex-presidente afirmou ainda duvidar que exista no mundo uma nação com quantidade de fiscalização tão grande como o Brasil. E disse que 90% das denúncias são feitas pelo próprio governo. "O que digo aos companheiros é que só há uma forma de não ser investigado neste País: não cometer erros." O ex-presidente também pregou a necessidade de renovação do partido. Quanto às manifestações de junho, que tomaram conta das ruas do País, Lula disse que são saudáveis e listou conquistas de seu governo para dizer que é natural, na sua opinião, que a população queira mais. "Temos que valorizar a participação democrática e não permitir que os jovens reneguem a política, porque quando isso ocorre o que vem é o fascismo." O petista também reafirmou que não será candidato nas eleições do ano que vem.

Fonte: Terra
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