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Política

Dória encontra Temer e pede ajuda para tarifas de ônibus

25 out 2016 - 18h52
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Brasília - O prefeito eleito de São Paulo, João Doria Junior, dá entrevista depois de encontro com o presidente Michel Temer
Brasília - O prefeito eleito de São Paulo, João Doria Junior, dá entrevista depois de encontro com o presidente Michel Temer
Foto: Agência Brasil

Após um encontro hoje (25) com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, o prefeito eleito de São Paulo, João Dória Jr., saiu otimista com relação às parcerias entre o seu partido (PSDB) e o PMDB. Segundo Dória, foi selada uma união entre as duas legendas para sua gestão na prefeitura.

O prefeito eleito ouviu de Temer um sinal positivo, tanto para viabilizar, nos próximos meses, a liberação de R$ 400 milhões em recursos do Programa de Aceleração para o Crescimento (PAC), não liberados durante o governo Dilma Rousseff., como para a manutenção da tarifa de ônibus na maior cidade do país nos atuais R$3,80.

"Do ponto de vista político, acertamos selar uma união do PMDB com o PSDB para a gestão em São Paulo, através da Câmara Municipal, onde o PMDB tem dois vereadores eleitos para novo mandato, que passarão a fazer parte da chamada base aliada que faremos à frente da prefeitura", disse Dória.

Dos R$ 400 milhões em recursos do PAC, Dória disse que a maior parte são destinados a programas de habitação. "Antecipamos o pleito ao presidente para que esses recursos que já são consignados para São Paulo possam ser liberados a partir de janeiro. Houve uma posição bastante favorável do presidente Temer nesse sentido", disse Dória Jr. Segundo ele, Temer ficou de conversar com ministros para dar celeridade a esse processo. "Mas não houve compromisso determinado para o mês de janeiro [de 2017]", disse.

Ao ser informado sobre a intenção da prefeitura de não aplicar o reajuste inflacionário à tarifa de ônibus - o que, de acordo com Dória, causaria um impacto entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões para a prefeitura - Temer disse que estudará o assunto com sua equipe.

"O presidente e o ministro Padilha vão levar [essa questão] à área econômica. Não foi um pleito de São Paulo, foi um pleito por São Paulo. [O transporte] é um problema que afeta todas cidades. Confio que o governo federal saberá olhar isso com generosidade e, sobretudo, com sentimento social, em um país que vive lamentavelmente essa situação de desemprego", disse o prefeito eleito.

Dória disse que só na cidade de São Paulo há dois milhões de desempregados e que qualquer modificação tarifária no centro metropolitano da cidade impactaria diretamente na vida das pessoas, "sobretudo as que estão sem renda". Segundo ele, sua gestão pensa em "várias alternativas", além da ajuda federal, para viabilizar o não reajuste tarifário. Entre elas, destacou a redução das despesas.

Outro ponto de convergência da conversa entre Dória e Temer foi a mudança da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), que segundo Dória se mudará provavelmente para a região de Perus, numa área três a quatro vezes superior à que ocupa hoje.

Agência Brasil Agência Brasil
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