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Política

Caixa pagou parte da festa em homenagem à posse de Toffoli

1 nov 2009 - 07h56
(atualizado em 3/11/2009 às 10h32)
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A Caixa Econômica Federal (CEF) pagou R$ 40 mil como forma de patrocínio à festa realizada em homenagem à posse de José Antonio Dias Toffoli como ministro do Supremo Tribunal Federal, no último dia 23, em Brasília. A comemoração para 1,5 mil pessoas ocorreu no Marina Hall, área nobre da capital do País. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com a Folha, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), entidade que organizou a festa, havia pedido patrocínio de R$ 50 mil para o banco. A Caixa confirmou ao jornal que, do valor pedido, repassou R$ 40 mil.

Segundo o jornal, a Caixa afirmou que o patrocínio à festa de Toffoli foi feito visando retorno mercadológico. O banco disse ainda que o dinheiro foi empregado em para cobrir custos com infraestrutura e que serão pagos após a prestação de contas.

A Caixa afirmou ainda que decidiu patrocinar o evento por se tratar de um público de relacionamento institucional do banco, e também aproveitou a oportunidade para divulgar produtos e serviços no evento.

Luiz Cláudio Flores da Cunha, juiz do 6º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro, afirmou que pretende questionar a legalidade do patrocínio da Caixa no Tribunal de Contas da União e no Ministério Público Federal. Cunha pretende saber se a despesa foi paga de forma regular ou se a associação dos juízes federais foi usada para ocultar o repasse de um órgão público para cobrir gastos de uma festa.

Para o juiz, não haveria problema se Caixa repassasse dinheiro para um evento cultural da Ajufe. Cunha afirmou também que não tem a intenção de fragilizar a associação, mas quer tornar a Justiça mais transparente.

O presidente da Ajufe, Fernando Mattos, afirmou que algumas entidades fizeram repasses de dinheiro direto à associação, e outras fizeram o pagamento direto aos fornecedores, fato que desqualifica qualquer insinuação de uso da Ajufe como mera repassadora de recursos.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Mozart Valadares, afirmou que a entidade participou com R$ 10 mil, dinheiro proveniente da contribuição de associados e não público.

Fonte: Terra
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