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Política

Baianos realizam novo protesto contra Feliciano

Manifestações ocorreram também em outras cidades do Brasil, contra entrada do pastor na Comissão de Direitos Humanos do Congresso

16 mar 2013 - 18h21
(atualizado às 18h23)
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<p>Na Bahia, protesto contra Marco Feliciano contou com a participação do grupo Olodum</p>
Na Bahia, protesto contra Marco Feliciano contou com a participação do grupo Olodum
Foto: Carla Costa / Terra

Nem a ameaça de chuva foi capaz de desarticular a manifestação realizada contra o deputado federal Marco Feliciano (PSC/SP) na  tarde deste sábado na capital baiana. Ao som da banda Olodum, o ato foi realizado na praça do Campo Grande por integrantes do Movimento Negro e entidades ligadas à causa LGBT.

De acordo com os manifestantes, cerca de 300 pessoas, o protesto é contra o ingresso do deputado Feliciano na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (DHM) do Congresso Nacional. "Este deputado não representa a família brasileira e baiana, formada por negros, mestiços, brancos, religiosos e ateus. Queremos uma pessoa que tenha um discurso para o futuro do nosso País e que não pregue o ódio, o racismo e a homofobia", ressaltou o presidente do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott.

Esta é a segunda mobilização realizada em Salvador. Desta vez, os manifestantes utilizaram uma rede social para convocar a participação da população. "Nós dizemos que NÃO FICA. A luta pelo povo, pela mulher, pelo negro, pela família, pela diversidade e pelo amor, permanece! Queremos uma pessoa que tenha um discurso para o futuro do nosso País e que não pregue o ódio, o racismo e a homofobia. Até os evangélicos repudiam a presença dele. A questão não é religiosa, mas é social, em prol da sociedade brasileira", diz a página do grupo no Facebook. 

Desde o último sábado até hoje já  ocorreram manifestações em Curitiba (PR), São Paulo (SP), Pernambuco (RE), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ).

Veja as imagens de algumas manifestações pelo Brasil neste sábado

Para Fabrini Dantas, 16 anos, estudante, o ato de repúdio deve acontecer com mais freqüência em todo o Brasil para que Partido Social Cristão ouça as vozes brasileiras que ecoam nas ruas. "Ter um cara como esse eleito é uma vergonha. Um político processado por estelionato, racista, que afirma que nós negros somos amaldiçoados por causa da nossa cor, não pode exercer um cargo desse nível. Ele não tem nada de humano, como vai falar em nome dos direitos humanos?", indagou Fabrini.

O presidente do Olodum, João Jorge, destacou que a presença da banda na manifestação é para representar a valorização do negro, numa cidade predominantemente negra que não pode aceitar calada as declarações feitas pelo deputado. 

"Feliciano é um atentado à democracia, à república, à sociedade e à pluralidade. Se nós aceitarmos isso, será  o inicio de um processo tenebroso", finalizou.

Feliciano é pastor da igreja Assembléia de Deus e se tornou polêmico por postar em redes sociais declarações consideradas preconceituosas contra homossexuais e também racistas no ano de 2011. No dia 12 de março, o deputado foi eleito para presidir a Comissão  de Direitos Humanos  Minorias do Congresso Nacional Brasileiro.

Fonte: Terra
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